ATA DA SEXAGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 17-8-2009.

 

Aos dezessete dias do mês de agosto do ano de dois mil e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Nelcir Tessaro, Sebastião Melo e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Pancinha, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mario Manfro, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Emerson Correa, o Projeto de Lei do Legislativo nº 110/09 (Processo nº 2587/09); pelo Vereador João Antonio Dib, o Projeto de Lei do Legislativo nº 151/09 (Processo nº 3497/09); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Projetos de Lei do Legislativo nos 150 e 155/09 (Processos nos 3454 e 3385/09, respectivamente); pelo Vereador Mauro Pinheiro, os Projetos de Lei do Legislativo nos 153 e 154/09 (Processos nos 3499 e 3502/09, respectivamente). Também, foi apregoada a Subemenda nº 01, de autoria dos Vereadores Mauro Zacher, Líder da Bancada do PDT, e Ervino Besson, à Emenda nº 07, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07(Processo nº 4471/07). Ainda, foi apregoado o Ofício nº 599/09, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 024/09 (Processo nº 3579/09). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 332211, 334019, 337654 e 340043/09, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à Senhora Márcia Cristina Bernardes Barbosa, Diretora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que relatou atividades desenvolvidas por esse Instituto, registrando a instalação, nos jardins deste Legislativo, do Laboratório Itinerante Tecnologia com Ciência e convidando para a abertura da exposição itinerante “Em Casa, No Universo”, montada no saguão do Plenário Otávio Rocha, que homenageia o Ano Internacional da Astronomia e celebra os quatrocentos anos do uso do telescópio pelo cientista italiano Galileu Galilei. Após, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Senhor João Edgar Schmidt, Pró-Reitor de Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, convidando Sua Excelência a integrar a Mesa dos trabalhos. Em prosseguimento, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Toni Proença, Engenheiro Comassetto, Nelcir Tessaro, Maristela Maffei, Beto Moesch, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte e Fernanda Melchionna manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Senhor Newton Braga Rosa, Diretor da Agência de Inovação e Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Porto Alegre – INOVAPOA. Em prosseguimento, o Senhor Presidente convidou os presentes para a solenidade de abertura da exposição itinerante “Em Casa, No Universo”, montada no saguão do Plenário Otávio Rocha. Às quatorze horas e vinte e oito minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e vinte e nove minutos, constatada a existência de quórum. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se os Vereadores Nilo Santos e Carlos Todeschini, este em tempo cedido pelo Vereador Paulinho Ruben Berta. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Senhor Luiz Fernando Rigotti, Diretor-Geral do Departamento Municipal de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre – PREVIMPA –, da Senhora Carmem Padilha e dos Senhores Mário Fernando da Silva e Raul Giacoboni, respectivamente Presidenta, 1º Vice-Presidente e Tesoureiro-Geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre – SIMPA. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se o Vereador Nilo Santos e as Vereadoras Sofia Cavedon e Maristela Maffei. Na oportunidade, foram apregoadas as seguintes Emendas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07: nos 33, de autoria dos Vereadores Mauro Zacher, Líder da Bancada do PDT, e Adeli Sell, 34 e 35, de autoria do Vereador Valter Nagelstein, Líder do Governo, 36 e 37, de autoria do Vereador Nilo Santos, Líder da Bancada do PTB, e 38, de autoria do Vereador Haroldo de Souza, Líder da Bancada do PMDB. Também, o Vereador Alceu Brasinha formulou Requerimento verbal, solicitando fosse repreendida assistente da presente Sessão, em face do uso de expressões inadequadas ao ambiente de trabalho desta Casa Legislativa. Após, foram apregoadas a Subemenda nº 01 à Emenda nº 30 e a Emenda nº 39, de autoria do Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o Vereador Dr. Thiago Duarte. Na oportunidade, a Vereadora Sofia Cavedon manifestou-se acerca do pronunciamento efetuado pelo Vereador Dr. Thiago Duarte, em Comunicação de Líder, tendo-se manifestado a respeito o Vereador Dr. Thiago Duarte. Em seguida, foi apregoada a Emenda nº 40, de autoria dos Vereadores Elias Vidal e Airto Ferronato, respectivamente Líderes das Bancadas do PSB e do PPS, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, pronunciou-se o Vereador José Aldacir Oliboni. Após, o Vereador Carlos Todeschini formulou Requerimento verbal, solicitando seja agendado comparecimento do Senhor Eliseu Santos, Secretário Municipal de Saúde, para esclarecimentos quanto a verbas públicas utilizadas por essa Secretaria. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pelo Governo, pronunciou-se o Vereador Valter Nagelstein. A seguir, o Vereador Carlos Todeschini formulou Requerimento verbal, solicitando que o Secretário Eliseu Santos seja convocado a comparecer neste Legislativo, tendo o Senhor Presidente determinado que esse Requerimento fosse formulado por escrito e tendo-se manifestado a respeito os Vereadores Alceu Brasinha e Valter Nagelstein. Em prosseguimento, constatada a existência de quórum deliberativo, foi rejeitado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Alceu Brasinha, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão, por sete votos SIM, treze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mario Manfro e Mauro Pinheiro, votado Não os Vereadores Airto Ferronato, Dr. Thiago Duarte, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Marcello Chiodo, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção o Vereador Bernardino Vendruscolo. Após, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Na ocasião, os Vereadores Valter Nagelstein e Alceu Brasinha manifestaram-se acerca da ordem dos trabalhos da presente Sessão e do processo de apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07. Às dezesseis horas e dois minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e quatro minutos, constatada a existência de quórum. Em Discussão Geral e Votação, estiveram o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07 e as Emendas e Subemendas apostas, sendo discutidos pelas Vereadoras Sofia Cavedon e Fernanda Melchionna e pelos Vereadores Carlos Todeschini, João Antonio Dib, Mauro Zacher e Bernardino Vendruscolo. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07, o Vereador Mauro Pinheiro cedeu seu tempo de discussão à Vereadora Sofia Cavedon. Na oportunidade, em face de manifestações e Questões de Ordem formuladas pelos Vereadores Nilo Santos, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Beto Moesch, João Antonio Dib, Valter Nagelstein, Maria Celeste e Luiz Braz, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do processo de discussão e votação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07 e do quórum regimental para continuidade dos trabalhos da presente Sessão. Ainda, por solicitação das Vereadoras Maria Celeste e Sofia Cavedon, foram efetuadas verificações de quórum, constatando-se a existência do mesmo. Às dezessete horas e nove minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo Vereador Toni Proença, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo e Toni Proença e secretariados pelo Vereador Nelcir Tessaro. Do que eu, Nelcir Tessaro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Srª Márcia Cristina Bernardes Barbosa, Diretora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto relativo à abertura da exposição do Ano Mundial da Astronomia e fazer um relato das atividades dos 50 anos do Instituto.

 

A SRA. MÁRCIA CRISTINA BERNARDES BARBOSA: Exmo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Sebastião Melo; Exmos Srs. Vereadores e Sras Vereadoras que representam o povo desta Cidade; colegas do Instituto de Física; senhoras e senhores, o Instituto de Física foi fundado em 1959, e neste ano completa 50 anos. Foi fundado pelo projeto visionário de dois pesquisadores - Professor Darcy Dillenburg e Professor Gerhard Jacob -, que não sonhavam com uma instituição que simplesmente trouxesse ensino de terceiro grau para o Estado do Rio Grande do Sul em Física, era muito mais: eles queriam uma instituição que fizesse pesquisa e que trouxesse a ideia de ciência básica para esta região do País.

Um ano após a sua fundação, agrega-se ao grupo um pesquisador de larga reputação internacional, o Professor Theodor Maris, e esses três pesquisadores iniciam a tarefa de colocar a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Instituto de Física no mundo em termos de Ciência. Nesse mesmo ano da chegada do Professor Maris, publica-se o primeiro artigo científico; seis anos mais tarde, ocorre a publicação de um artigo que vai se tornar referência internacional, sendo o artigo mais citado escrito por países de Terceiro Mundo. Nesse momento, o Instituto de Física já está no mundo, o Instituto de Física e sua pesquisa já têm o reconhecimento internacional.

Em 1967, ocorre a primeira tese de doutorado pelo Professor Fernando Zawislak; um ano mais tarde, funda-se o Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Este Programa, desde a sua fundação, recebe nota máxima dos organismos nacionais que avaliam as pós-graduações, e é a primeira nota máxima da CAPS da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O Instituto cresce. Hoje temos uma pós-graduação que já formou mais de 400 mestres e mais de 250 doutores. Publicamos cerca de 200 artigos internacionais por ano. Colocamos o nome desta cidade, Porto Alegre, no mundo.

O Instituto de Física possui grupos de lideranças, como grupos de Implantação de Iônica e o Grupo de Astronomia.

Essa é a história de excelência em pesquisa básica do Instituto de Física. Nestes 50 anos, temos nos dedicado ao ensino de terceiro grau e à pesquisa. Mas o que faremos nós nos próximos 50 anos? O Instituto lança-se, então, a dois desafios: um desafio é a transformação de ciência básica em tecnologia; e o segundo desafio é o de trazer para a população em geral o conhecimento científico.

Para lançar o seu primeiro desafio, o Instituto, em colaboração com a Escola de Engenharia, forma a Incubadora Héstia. Essa Incubadora gesta dentro de si empresas de altíssima tecnologia. Essa gestação de empresas responde a uma necessidade, a uma vocação da cidade de Porto Alegre. Porto Alegre, como toda grande metrópole, tem que se tornar uma cidade de pequenas empresas, de tecnologia limpa e de alta tecnologia.

A Incubadora Héstia está fazendo uma pequena exposição no hall de entrada. Quem quiser conhecer um pouco mais das empresas que são agregadas a ela, por favor, visite essa exposição. Eu estou aqui para convidá-los a se agregar a esse movimento.

Hoje, a Incubadora Héstia tem um problema enorme de limitação de espaço, em particular para crescer dentro do Centro de Porto Alegre. Eu estou convidando vocês, Vereadores e Vereadoras, a tornarem-se nossos parceiros dentro do Projeto Viva Centro, onde nós necessitamos incorporar empresas de alta tecnologia para transformar Porto Alegre em uma cidade high tech.

O segundo dos nossos Projetos tem a ver com itinerância, tem a ver com o princípio fundamental que governa esta Casa: democracia. Temos nós que democratizar o conhecimento científico. O conhecimento de como funcionam os equipamentos que nos rodeiam não deve ficar limitado a uma classe social, a uma elite.

Respondendo a isso, o Instituto de Física tem levado conhecimento através da Itinerância de Astronomia - vocês podem ver um exemplo disso na exposição “Em casa, no Universo”, que tem a sua parte itinerante no hall de entrada; e tem uma exposição belíssima no Museu da UFRGS, que traz o conhecimento de Astronomia para a população. Esperamos ver aqui muitas escolas visitando e conhecendo esses assuntos de Astronomia, particularmente porque este é o Ano Internacional de Astronomia.

Astronomia não é só uma brincadeira; a Astronomia possibilitou que tivéssemos conhecimentos e que tivéssemos acesso a telecomunicações importantíssimas para a nossa vida de hoje.

A segunda itinerância está em um caminhão que vocês veem no pátio, junto ao estacionamento. Este caminhão vai apresentar, também para as escolas, uma série de experimentos, de uma forma lúdica, de uma forma brincante para as crianças. E direi mais: para os adultos também.

Nós temos de transformar Porto Alegre numa cidade de pessoas sem medo da tecnologia, de pessoas que não acham que aqueles aparelhinhos que usam são “coisas de gringo”. Não são “coisas de gringo”, não; são coisas que nós, brasileiros, que nós, gaúchos, que nós, porto-alegrenses, podemos fazer.

Novamente, na itinerância, nós, do Instituto de Física, contamos com o apoio desta Casa, para que possamos levar a mais e mais crianças, na periferia, nas diversas regiões desta Cidade, conhecimentos de ciência e tecnologia.

Em resumo, estou aqui para convidá-los a participar de dois sonhos: o de trazer ciência e tecnologia para dentro desta Cidade, através de empresas, e o sonho de trazer ciência e tecnologia para todos os jovens da cidade de Porto Alegre. Juntem-se aos nossos sonhos, porque sonhos que sonhamos juntos viram realidade. Obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero convidar a Srª Márcia Cristina Bernardes Barbosa para compor a nossa Mesa de trabalho. Seja bem-vinda. Convido, também, o Prof. João Edgar Schmidt, Pró-Reitor em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para compor a Mesa.

O Ver. Toni Proença está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero cumprimentar o Pró-Reitor, Prof. João Edgar Schmidt, e a Drª Márcia Cristina Bernardes Barbosa, Diretora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul pelo transcurso dos 50 anos do Instituto, e cumprimentá-los por esta iniciativa de democratizar o conhecimento. Talvez seja esse o maior desafio, hoje, da academia no Brasil: a democratização do conhecimento para que possamos, através desta democratização do conhecimento, alargar os horizontes de toda a nossa população. Quando vemos uma itinerância que procura seduzir os jovens para o estudo da Física e para o conhecimento das novas tecnologias, temos que louvar essa iniciativa, porque ela pode não só seduzir os jovens para a vida, para o mundo acadêmico e para as novas tecnologias, como também combater os males que hoje acorrem a toda juventude brasileira, notadamente o tráfico de drogas e entorpecentes. Parabéns pela iniciativa, e contem com esta Câmara de Vereadores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, quero cumprimentar V. Exª, a Prof. Márcia, Diretora do Instituto de Física e o nosso Pró-Reitor, Prof. Edgar Schmidt, que já teve a oportunidade de estar aqui em 2005, representando o Instituto de Física, quando comemorávamos o Ano Mundial da Física e os Cem Anos da Teoria da Relatividade de Einstein. E, naquele momento, o trabalho desenvolvido pelo Instituto de Física, junto com esta Casa, propiciou que a Câmara recebesse um prêmio pelo melhor trabalho e melhor exposição do ano realizada pelo Legislativo Municipal.

Neste momento, quando realizamos a homenagem aos 50 anos do Instituto de Física e ao Ano da Astronomia, a nossa Casa agradece, pois o convite que fizemos foi imediatamente atendido, e aqui está novamente o Instituto de Física, com uma nova exposição e com um caminhão que está exposto aqui na frente, para receber as crianças, para popularizar o conhecimento da Física.

Em nome da nossa Bancada, de todos os Vereadores aqui presentes - Ver. Adeli Sell, Verª Maria Celeste, Verª Sofia Cavedon, Ver. Carlos Todeschini, Ver. Aldacir José Oliboni e Ver. Mauro Pinheiro -, o nosso agradecimento. E, Sr. Presidente, se me permite, gostaria de citar também as presenças dos estudiosos, os professores que acompanham a Direção: Sr. Basílio Santiago, Sr. Darcy Dillenburg, Sr. João da Cunha, Srª Virgínia Alves e Sr. Paulo Krebs, esses dois últimos da Universidade de Pelotas, que vêm dar apoio a essa iniciativa.

Parabéns ao Instituto de Física, e que continuem com essa posição de transformar o conhecimento, a ciência em ações práticas e levar a Física ao conhecimento da população. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Sr. Presidente, quero cumprimentar o Sr. Pró-Reitor; a Srª Márcia Cristina pela bela exposição feita, e cumprimentá-los em nome da Bancada do PTB - composta pelo Ver. DJ Cassiá, Ver. Nilo, Ver. Marcello Chiodo e Ver. Brasinha -, pelo belo trabalho que o Instituto vem fazendo, principalmente colocando à disposição de nossas crianças, que podem ter um aprendizado aqui na Câmara de Vereadores, bem como em outros locais de Porto Alegre, fazendo com que a Cidade possa se engrandecer cada vez mais.

Eu acho que uma cidade sem o avanço tecnológico não prospera e, hoje em dia, num mundo globalizado, é muito importante termos essa facilitação. E eu sempre digo: uma cidade que não abrir as portas para proporcionar o avanço tecnológico, para que a ciência e a tecnologia possam estar ao alcance de todos, principalmente dos nossos jovens, para fazermos com que a cada dia eles se entusiasmem mais em buscar a informação e sair das ruas, das drogas, ela não prospera.

Então, só com esse trabalho - parabéns ao Instituto - nós poderemos fazer com que as crianças de hoje se tornem amanhã o futuro da nossa Cidade. Parabéns!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): A Verª Maristela Maffei está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, quero, em nome do PCdoB, cumprimentar aqui esta representação da Universidade Federal, tão valiosa para todos nós, e dizer que o PCdoB, na sua história, sempre acreditou e junto se tornou um desafiador da quebra dos paradigmas da verdade única. Com certeza, a Física revolucionou tudo aquilo que parecia estático, e hoje demonstra que estávamos certos. Nada melhor do que esta representatividade para podermos, neste momento, na Casa do Povo, fazer esta homenagem. Sejam sempre bem-vindos e contem sempre com o PCdoB. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Beto Moesch está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. BETO MOESCH: Nós gostaríamos de saudar a Srª Márcia e dizer da importância de divulgar o Ano Mundial da Astronomia, porque muitos ainda não sabem que, para conhecermos o planeta Terra, para nos conhecermos, temos que conhecer o cosmos, o princípio da formação do universo. Talvez uma das grandes dificuldades seja justamente o desconhecimento da Astronomia e do cosmos. Parabéns!

Temos que realmente incluir, cada vez mais, na formação das crianças, dos mais velhos, toda a complexidade e a riqueza do que vem a ser o estudo da Astronomia, do cosmos em geral, para que possamos entender melhor todas as mudanças radicais que estamos vivenciando hoje no planeta Terra. Parabéns! Com este Legislativo irá somar ainda mais para poder divulgar este ano tão importante.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DR. RAUL: Presidente Adeli, eu queria saudar, em nome da nossa Bancada do PMDB - do nosso Presidente Sebastião Melo, Ver. Bernardino, Ver. Valter Nagelstein, Ver. João Pancinha, Ver. Haroldo de Souza e eu -, a excelência do trabalho que nós conhecemos, ao longo dos anos, do Instituto de Física, agora tão bem dirigido pela Srª Márcia Cristina - e saber que a ciência e a tecnologia estão em boas mãos. Na pessoa de um grande amigo que dirigiu o Instituto, que hoje dirige a Associação dos Docentes, o Dr. Cláudio Scherer, uma pessoa ligada à Física, que ama a Física acima de tudo, eu diria, saúdo todos vocês que estão nessa linha de pesquisa, de conhecimento, de saber o que nós temos no nosso planeta Terra, as suas relações, as nossas relações com o universo. Então, gostaria de deixar o apoio da Bancada, e, com certeza o apoio de toda a Casa para que essas iniciativas que o Instituto está tomando agora sejam cada vez maiores, e, dependendo deste Vereador e da Câmara Municipal, com certeza elas serão expandidas e atingirão um número muito maior de pessoas da nossa Cidade, do nosso Estado e do nosso País. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Caro Presidente, cara Drª Márcia Cristina, caro Pró-Reitor Schmidt, eu vi a referência feita à nossa Universidade Federal do Rio Grande do Sul - eu que sou filho da UFRGS, do curso de Medicina, depois voltei como docente, como professor-substituto de Medicina Legal, dando aula para o curso de Direito - e quanta saudade a gente tem desse tempo que realmente nos encheu de muita alegria. É importante sempre refrisar aquilo que o Ver. Beto Moesch vinha dizendo: que a Astronomia é também Ecologia e é também Medicina; nós não vivemos sozinhos, sem dúvida alguma. É importante que nós estejamos reiterando sempre isso e reiterando o que a professora Wrana sempre dizia: um ensino público, gratuito e de qualidade. Certamente é isso que se oferece, já se ofereceu e continua se oferecendo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, principalmente, como sabemos nós, num dos seus cursos talvez mais difíceis, que é o curso de Física, que forma muito poucos profissionais e que deve ser sempre lembrado pela sua excelência em bem ensinar. Um abraço, parabéns pela iniciativa e somos solidários.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Quero anunciar a presença do Professor Newton Braga Rosa, que hoje está no Inovapoa; obrigado pela sua presença aqui no Plenário.

A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Primeiro, Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell, gostaria de saudar e parabenizar a Diretora Márcia Cristina Bernardes e saudar a iniciativa da comemoração dos 50 anos, data em que também o Instituto comemora o seu aniversário, e valorizar o importante trabalho que o Instituto de Física, junto com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sempre desenvolveu na nossa Universidade tão querida, que, mesmo com todas as dificuldades financeiras por que passou durante longa data, sempre busca formas de seguir aprimorando a excelência da qualidade do ensino, aliada com a Extensão Universitária, com a pesquisa, que é marca da Universidade Federal e que certamente desenvolve um trabalho fundamental não só para o Estado do Rio Grande do Sul, mas para todo o Brasil; afinal, a Universidade Federal é a quarta universidade em qualidade no País e, certamente, é uma referência nacional de universidade federal, universidade esta da qual o Instituto de Física faz parte.

Eu, como oriunda da universidade, e depois de tantas lutas que nós fizemos para valorizá-la, para que houvesse mais recurso, para que a universidade conseguisse atender às expectativas e demandas da sociedade, não poderia deixar de parabenizá-la, Diretora, e de nos colocar, certamente, à disposição de vocês para todas as lutas e demandas necessárias. Parabéns!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Eu queria agradecer enormemente pela presença da Diretora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Professora Márcia Cristina Bernardes Barbosa, que falou aqui da abertura da Exposição do Ano Mundial da Astronomia e relatou sobre as atividades dos 50 anos do Instituto.

Também queremos agradecer pela presença do Professor João Edgar Schmidt, Pró-Reitor de Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para nós, da Câmara Municipal, é uma honra muita grande essa parceria.

Eu queria convidar os Vereadores Toni Proença, o Ver. Tarciso, e mais alguém da Mesa, para acompanhar o Ver. Engenheiro Comassetto, junto com os representantes da Universidade e outros, para darem abertura a este evento.

Eu farei uma pequena pausa para as despedidas. Muito obrigado.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h28min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell – às 14h29min): Estão reabertos os trabalhos.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Nilo Santos está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras que nos acompanham nesta tarde, neste Grande Expediente, o Pontal do Estaleiro é um dos assuntos dentre os que pretendo abordar. Nós sofremos, algum tempo atrás, no ano passado, uma pressão muito forte, muito grande: fomos acusados, aqui nesta Casa - digo fomos, porque todos os Vereadores que votaram favoravelmente ao Projeto foram acusados de uma forma irresponsável -, de estar recebendo dinheiro para aprovarmos o Projeto do Pontal do Estaleiro. Graças a Deus, o Ministério Público inocentou todos os Vereadores, e agiu com justiça nisso tudo.

Agora, no domingo que vem, teremos a Consulta Popular que será feita exatamente para saber se a população de Porto Alegre concorda com a construção de prédios residenciais naquele local, ou se permanece apenas a construção comercial.

Foi enviado para esta Casa, há alguns anos, um Projeto de autoria do então Prefeito Tarso Genro, que já previa a construção de prédios residenciais naquela área do Pontal do Estaleiro.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Carlos Todeschini.)

 

O SR. NILO SANTOS: Residencial, sim, Ver. Todeschini? Prédio residencial, sim, senhor! O Projeto era de autoria do então Prefeito Tarso Genro, ao qual o Ver. João Antonio Dib apresentou uma Emenda, não permitindo a construção de prédios residenciais naquele local - foi o Ver. João Antonio Dib que estragou isso!

Então, Ver. Alceu Brasinha, agora, depois de um apelo da Bancada de oposição aqui - o Ver. Marcelo Danéris foi o primeiro a se manifestar, pedindo a consulta popular. O Ver. Aldacir José Oliboni estava aqui nesta Casa quando do Projeto do Prefeito Tarso, é testemunha, e pode confirmar isso para o senhor, Ver. Carlos Todeschini.

Então, o Ver. Marcelo Danéris apelou para que fosse feita a Consulta Popular, e gritava aqui: “Plebiscito, plebiscito, já! O povo tem que decidir!” E para minha surpresa, Ver. Brasinha, na semana passada, alguns Vereadores da oposição se manifestaram contra o Prefeito José Fogaça, porque este estaria tirando de si uma responsabilidade e empurrando-a para cima do povo. Parece-me que agora foi o Ver. Engenheiro Comassetto - o senhor não se manifestou, Ver. Mauro Pinheiro, realmente - que falou, pela Bancada do PT, que o Prefeito José Fogaça estava tirando uma responsabilidade dele e empurrando-a para cima da população de Porto Alegre. Mas foi um pedido deles! Foi um pedido da oposição para que fosse realizada a Consulta Popular. Por que, agora, tentar acusar o Prefeito José Fogaça?! Agora que ele está sendo democrático, abrindo espaço para ouvir a população, por que está sendo criticado?

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nilo Santos, isso não nos surpreende. O PT - Partido dos Trabalhadores - sempre usa dessa artimanha; eles têm a qualidade para mudar o assunto. Se eu sou a favor, eles são contra - eles viram, sempre, ao contrário! Nunca se pode contar com eles. Ressalvo que há, dentre eles, alguém com a dignidade, a grandeza de ser contra, e de se manifestar, que é o Ver. Adeli Sell, hoje Presidente. Este é um ícone de dignidade e mostra a sua grandeza.

Quero dizer, Ver. Nilo Santos, que eles eram a favor do Pontal do Estaleiro; eles sabem que eram. O Ver. Todeschini sabe; a Verª Maria Celeste, o Ver. Engenheiro Comassetto, todos eles sabem! Eles sabem o que é bom para Porto Alegre, só que eles não admitem que seja realizado pelo Prefeito José Fogaça. É isso que eles querem: eles querem ser sempre contra, sempre contra! E nós, que gostamos, que amamos Porto Alegre de verdade, queremos turismo em Porto Alegre, queremos que Porto Alegre cresça! A não ser que eles não queiram isso! Sempre Porto Alegre avança, avança com um nome: dignidade! Um abraço!

 

O SR. NILO SANTOS: Obrigado, Ver. Brasinha. Na realidade, senhores e senhoras, nós não vamos poder impedir o desenvolvimento de Porto Alegre; esta Capital vai se desenvolver, ela vai crescer, não tem como não crescer. Inclusive, senhoras e senhores, eu quero aproveitar para saudar a parceria que foi feita entre esta Cidade e a Pepsi. Quem não percebe, quando transita pela orla do Guaíba, pela Av. Beira Rio, Ver. Mauro Pinheiro, que aquilo é o tipo de parceria que dá certo? E aquela parceria foi criticada e é criticada nesta Casa por alguns Vereadores. Quem não percebe que a parceria entre a Pepsi e a Prefeitura foi uma parceria que deu certo? Quem passa por ali nas madrugadas - Ver. Marcello Chiodo, o senhor que é do Centro -, percebe que a Cidade ganhou com essa parceria, Ver. Tessaro! Quem não percebe isso? Quem não admite isso? Quem não admite isso é porque, Ver. Brasinha, tem problema em assimilar bem o que os outros fazem nesta Cidade; tem dificuldade em assimilar os benefícios que estão sendo gerados para esta Cidade.

 

O Sr. Mauro Pinheiro: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nilo Santos, acho que temos que ter cuidado - o senhor é um excelente orador -, com as palavras. O Ver. Alceu Brasinha, às vezes, no afã de defender as suas ideias, diz que o PT é contra o desenvolvimento. O PT é favorável ao desenvolvimento, ao desenvolvimento econômico sustentável desta Cidade. O Projeto de Lei colocado pelo Prefeito na época, Tarso Genro, não foi exatamente como o senhor está colocando; o senhor está equivocado. Na verdade, o Projeto não proibia a construção, e o Ver. João Antonio Dib apenas colocou uma Emenda para reforçar o pensamento do então Prefeito Tarso Genro.

O PT não é contrário ao plebiscito, nós somos favoráveis, nós somos um Partido democrático, que busca a democracia, e, com certeza, o PT sempre vai querer plebiscito, queremos que a população se manifeste, mas a Bancada do Partido dos Trabalhadores discorda da forma como foi proposta a pergunta. Gostaríamos que fosse colocada a pergunta sobre se nós queremos ou não construção na orla do Guaíba, e não se a construção deve ser residencial ou comercial. Quando o senhor falou da orla do Guaíba, do contrato com uma entidade, acredito que todos nós somos favoráveis a contratos, desde que haja transparência, e não pode ser com uma única empresa, tem que se abrir para todas as empresas, com licitação, e que todas possam participar. Muito obrigado pelo aparte, Vereador.

 

O SR. NILO SANTOS: Ver. Mauro Pinheiro, quero aproveitar e lhe perguntar: tudo que os outros fazem, tudo que os outros Partidos fazem não tem transparência? Agora, o senhor usou o meu tempo para dar um aparte para dizer que não foi bem assim. O ex-Prefeito Tarso Genro encaminhou esse Projeto para esta Casa, sim! Ele queria, ele permitia construção ali, sim, e construção residencial! O senhor é que está equivocado. Dê uma olhadinha no Projeto, depois, e verá: previa, sim, a construção residencial; previa!

 

O Sr. DJ Cassiá: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Nilo Santos, nosso Líder, questionou-se a questão da ditadura goela abaixo, e político democrático é aquele que consulta o seu povo, e não vejo diferentemente em relação ao Prefeito José Fogaça em querer consultar a sociedade. Por quê? Porque é um tema polêmico.

Aliás, polêmico mesmo, Ver. Nilo Santos, é a questão de toda a Orla. Nós estamos aqui, repito, discutindo uma “unha” da Orla! Porque a Orla, Ver. Nilo Santos, todos nós sabemos, já está privatizada na “mão grande”, ora!

Vamos discutir a Orla? Vamos. Paramos tudo, zeramos tudo, e vamos discutir a Orla em Belém Novo, vamos discutir a Orla no Lami! Porque, em seguidinha, nosso Líder, aquilo tudo virá à tona também, vai estar pior do que a situação aqui, que já foi tomada na “mão grande”. E quero dizer mais para o senhor, Presidente: pergunte à grande maioria da sociedade se ela é a favor ou contra essa construção. Ela desconhece, não sabe, Líder; não tem opinião!

Agora, temos que andar para frente. Porto Alegre é a Capital do Rio Grande do Sul, e temos que avançar. Desculpe-me por eu me estender, meu Líder. Agradeço-lhe pelo aparte - na verdade, não foi aparte, foi quase um Grande Expediente. Obrigado.

 

O SR. NILO SANTOS: Foi uma honra. Senhores e senhoras, nós temos uma justificativa das pessoas que estão defendendo o “não”. A justificativa é que vamos perder a orla. Eu gostaria que a câmera focasse esta foto, por favor. (Mostra a foto.) Assim como essa parceria com a Pepsi na construção das quadras, nos equipamentos na orla Guaíba deu certo, a parceria na construção do Pontal do Estaleiro vai dar certo também.

Ver. Bernardino Vendruscolo, quando teremos verba para construir um espaço como o que lá está previsto? Hoje, a orla é nossa? Hoje, a orla é das areeiras, é daquelas empresas que trabalham com concreto usinado lá na Zona Norte! A orla, hoje, é dessas pessoas! A orla, hoje, é do restaurante Montana, quem pagar para almoçar ali vai desfrutar da orla! A orla, hoje, é daquelas pessoas que moram na área de risco lá na Vila dos Sargentos! Esse negócio de que hoje temos acesso à orla é uma mentira, isso é um engano, porque há pouco tempo foi concedido aquele espaço para o Sport Club Internacional! Mas como era para o Inter, ninguém se manifestou contrário, Ver. Brasinha, assim como se fosse para o Grêmio, ninguém se manifestaria contrário. Agora, porque é um empreendimento, porque é um investidor, aí batem em cima.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Nilo. Na verdade, V. Exª acabou dizendo aquilo que eu pretendia dizer, e quero lembrar que as mesmas pessoas que aqui jogaram moedas quando aprovamos o Projeto do Pontal do Estaleiro, não estiveram fazendo aqui a mesma ação, quando se votou os Projetos do Grêmio e do Inter, que nós votamos favoravelmente.

Eu também não quero perder a oportunidade de elogiar o trabalho, a postura do Ver. Adeli Sell, que votou contra e fez uma justificativa que é uma obra-prima. Eu tinha, num primeiro momento, dúvida, mas lendo aquela obra-prima do Ver. Adeli Sell, eu me convenci de que o Projeto era bom.

Então, parabéns ao Ver. Adeli, que, por questões partidárias, votou contrário, mas escreveu a sua justificativa com uma profundidade tão grande que ela merece fazer parte do empreendimento eternamente.

 

O SR. NILO SANTOS: O Ver. Adeli Sell é um dos Vereadores mais centrados que temos nesta Casa.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu quero dizer que se passaram 5.844 dias; tiveram toda a oportunidade de comprar aquela área. O Ver. Todeschini foi Secretário, vários foram Secretários, a Verª Sofia Cavedon foi Secretária e não tomou uma atitude sequer para comprar a área. Por que ela agora ama tanto aquela área, por quê? Porque, quando alguém é Secretário, eu sei, com certeza absoluta, que é do Governo. E nem sequer, Ver. Nilo Santos, tomaram uma atitude para dizer: “Vamos fazer uma permuta, vamos comprar a área”. E agora, vão morrer de paixão pela área? O que é isso? Foi leiloada, foi lícito, não teve nenhum problema, e agora eles acham que estão certos! Eu quero ver o Pontal do Estaleiro, quem sabe, alavancar um patrimônio, um turismo de que nós precisamos em Porto Alegre, porque aqui ninguém gosta de turismo! Digam-me, Vereadores, se existe alguém! Nem o Ver. Nedel, que é da Frente Parlamentar, gosta de turismo, não gosta! Se gostasse, ele estaria aqui!

 

O SR. NILO SANTOS: Obrigado, Ver. Brasinha. Para concluir, Sr. Presidente, eu quero dizer, senhores e senhoras, que, na realidade, o Prefeito José Fogaça está de parabéns no momento em que passou a decisão para a população. Vamos torcer para que tenhamos uma ótima Consulta, e a Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, composta pelos Vers. Tessaro, DJ Cassiá, Marcello Chiodo e o Ver. Brasinha, está trabalhando pelo “sim”, no dia 23. Obrigado, senhoras e senhores. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Eu quero anunciar a presença no Plenário, do Sr. Luiz Fernando Rigotti, Diretor-Geral do PREVIMPA; da Srª Carmen Padilha, Presidenta do Simpa; do Sr. Raul Giacoboni, Tesoureiro-Geral do Simpa; do Sr. Mário Fernando, 1º Vice-Presidente do Simpa.

O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Paulinho Ruben Berta.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Vereadores, Vereadoras presentes, aqueles que nos acompanham nesta Sessão, também pela TVCâmara, pela Rádio Web, o nosso abraço e os agradecimentos à Bancada do PPS - ao seu Líder Toni Proença e ao Ver. Paulinho - por oportunizar esta nossa manifestação aqui no dia de hoje, em Grande Expediente. Eu fiz esse pedido de troca de espaços, porque tem um assunto que não dá mais para esperar. É preciso que a gente faça um balanço dos acontecimentos da última semana, pois eles agravam, de maneira muito contundente e profunda, toda a situação da falta de assistência à saúde vivida pela população de Porto Alegre.

Eu não vou polemizar aqui com o Ver. Nilo, porque a nossa posição enquanto Governo, enquanto Frente Popular, sempre foi muito transparente e clara. Nós nunca fizemos as vezes da bajulação da elite do grande capital, nós fizemos uma cidade para todos. É assim que eu respondo a essa questão do Ver. Nilo, e é por isso que seremos contra a ocupação residencial no Pontal.

Só para deixar as coisas bem claras, porque nós temos lado, sempre tivemos lado, quer seja no passado, quer seja no presente, temos coerência, pois a nossa posição é sempre a mesma e muito clara: em defesa do meio ambiente e em defesa da maioria do povo, que não tem voz, que não pode se manifestar e que não tem os recursos e os meios que as elites têm para traficar os seus interesses. Então, isso fica claro aqui, porque, agora, eu preciso falar da Saúde.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Ver. Brasinha, eu preciso falar da Saúde, depois eu lhe concedo um aparte, no final da conversa. Vejam só, venho aqui para falar da Saúde, porque, na quinta-feira à noite, a COSMAM, com quórum majoritário, recebeu aqui o Secretário de Gestão, Clóvis; o Secretário da Saúde, Eliseu Santos; o Secretário Figueira; o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal, e a pauta era a questão da votação de lei sobre os PSFs em Porto Alegre. Este Projeto do Governo, e também o Substitutivo que a Bancada do PT, junto com as entidades, apresenta, é fruto de um TAC - Termo de Ajustamento de Conduta -, firmado entre Governo, Ministério Público e demais entidades, para que se tenha uma lei para que se ponha um fim, de uma vez por todas, nas bandalheiras que acontecem na Saúde em Porto Alegre. A não aprovação, a não existência de lei, e a obrigatoriedade do Executivo do envio desta lei há um ano e meio, fazem com que, Ver. Oliboni, nós tenhamos um prazo limite para a votação desta lei, porque se isso não acontecer, nós vamos continuar contratando serviços terceirizados, o que acaba resultando em desvios, em falcatruas, em mau atendimento, em perseguição ao servidor público.

É isso que a gente está verificando com essa empresa que terceirizou serviços, que chama Instituto Sollus. Empresa essa que dizem estar sendo investigada pela Polícia de São Paulo por indícios de desvio de dinheiro, através da emissão de notas frias contra o Município de Porto Alegre, dizem estar sendo investigada pela sonegação de impostos.

Ora, e quem não sabe como se resolveram essas questões entre a Prefeitura e a Sollus, que foram incansavelmente denunciadas pelos Vereadores, pela nossa Bancada e por muitos outros, pelos sindicatos, pelo Conselho Municipal de Saúde, pelas entidades do controle social? Dizem que a ex-Procuradora da SMS acabou arrumando um contrato matrimonial com o Presidente da Sollus, e que há desvios de todas as ordens, que tem uma bandalheira, e esta Casa aqui se nega a assinar uma CPI para investigar essas falcatruas, cuja responsabilidade não é só do Secretário de Saúde, é também dele, mas é do Prefeitura Municipal e dos Secretários que mandam nesta Prefeitura! É isto que tem que ser dito, e a Cidade tem que saber!

Na sexta-feira de manhã, nós fomos para uma visita ao PA da Lomba do Pinheiro, porque uma série de denúncias chegaram aqui, e fomos impedidos de fazer imagens lá, impedidos pela Secretaria. Quer dizer, voltou, além das falcatruas, um Governo corrupto e fascista que nós enfrentamos nesta Cidade. Governo que não tolera CPI, que não tolera imagens dos seus desmandos!

Fomos chamados para dentro da sala dos médicos. Vocês precisavam ouvir o que foi dito: dos desmandos, da pouca-vergonha, do descaso, do remanejo que foi feito.

Ontem, pegaram os médicos da PUC que ficavam no fim de semana, os tiraram para colocá-los à noite, Oliboni, e pegaram os poucos que há - que estão em fase de diminuição, já que vários estão saindo, pois não suportam mais os salários da Prefeitura - e foram distribuídos entre a semana e o final de semana. Então, se havia um certo número, ficou um número menos alguma coisa para atender as pessoas! Um médico me dizia o seguinte: “Eu tenho que ficar aqui 12 horas; não posso sair. Não tenho um fogão para aquecer a comida, a marmita que tenho que trazer de casa!” Agora há nova categoria que surge em Porto Alegre: são os médicos boias-frias.

É evidente que alguns achavam que era ruim com a Frente Popular; agora, estão dizendo: se havia problemas, se era difícil, agora a gente vê a coisa ficar muito ruim e muito feia, porque nós nunca passamos pela privação de aquecer o alimento! É assim, Ver. Brasinha, o senhor deveria ir lá também fazer a constatação dessa situação. Ver. Thiago, Ver. Raul, os médicos aqui da Casa, é bom que acompanhem esta situação.

Mas não é só isso, um médico me mostrava um paciente que estava lá internado há vários dias, sem alimentação, alimentado na vaga zero que não existe, é zero literal, não é zero antes da primeira necessidade, que é para urgência. Esse paciente estava acomodado em um leito sem lençol, sem cobertor, sem absolutamente nada! Esse médico estava em périplo em todo o sistema de Porto Alegre para a remoção do paciente. Veja só, hoje de manhã, Ver. Oliboni, esse médico me ligou, às 8h55min, e disse que aquele paciente que estávamos tentando transferir foi a óbito; morreu no fim de semana. Não tinha comida, não tinha lençol, não tinha cobertor! Assim tem sido as coisas. Não há triagem, não vi uma garrafinha de álcool, não vi ninguém orientando as pessoas; gente chegando gripada, gente tossindo, gente espirrando, esperando de oito a dez horas para serem atendidas, devido ao remanejo e à reorganização. É lamentável o que vimos; a situação está insustentável, ainda mais em meio a uma crise como esta!

Vou conceder aparte aos Vereadores, mas peço que falem sobre a Saúde, porque este é o tema que eu permutei para que a gente o esgote, ou, pelo menos, nos quinze minutos se trate dele com profundidade.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu queria responder ao senhor imediatamente, quando o senhor entrou falando outro assunto. O senhor não quis me conceder aparte; se o senhor não quer que eu fale, estou saindo neste momento, porque o senhor tocou em um assunto de quando o senhor era Secretário, que tinha todo o poder, que o senhor fazia e acontecia em Porto Alegre, e eu queria lhe responder, de imediato. O senhor não quis me dar o aparte. Se o senhor me permite, eu vou falar.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Ver. Brasinha, eu preciso tratar do assunto da Saúde, que tem mais três casos...

 

O Sr. Alceu Brasinha: Mas por que o senhor trocou de assunto, Vereador?

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Ver. Brasinha, por favor!

 

O Sr. Alceu Brasinha: Vereador, o senhor entrou com outro discurso. Se o senhor não quer, tudo bem.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Eu já lhe dei o aparte, o senhor poderia ter falado...

 

O Sr. Alceu Brasinha: Não, não, não.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Presidente, eu concedi o aparte, o Vereador não falou, eu passo o aparte ao Ver. Aldacir José Oliboni, porque estou tratando da Saúde. Eu tenho o direito de não dar, agora, o aparte. Eu já lhe dei o aparte; o senhor já teve o tempo. Por favor, Ver. Alceu Brasinha! Eu concedo o aparte para o Ver. Oliboni e, depois, para o Ver. Nilo, para falar da Saúde.

 

O Sr. Aldacir Oliboni: Nobre Ver. Todeschini, quero parabenizá-lo pelo discurso que ora está apresentando, até porque o que V. Exª acaba de falar acaba demonstrando que Porto Alegre não tem gestão sobre a Saúde. Infelizmente, o Governo chegou a esta Casa, desmereceu a Câmara Municipal em não cumprir o Termo de Ajuste de Conduta feito por esta Casa às Entidades e o Ministério Público Federal. E, agora, dá uma demonstração que vai contratar mais uma vez uma OSCIP ou terceirizar o serviço. Creio que é de extrema importância que isso que V. Exª traz, que a Câmara assuma como uma responsabilidade do Legislativo, inclusive pela Mesa Diretora, onde o Tribunal de Contas apontou irregularidades, está pedindo para a Sollus se retirar, mas o Governo cai no mesmo erro, querendo contratar uma outra entidade e não priorizando o Projeto de Lei e o concurso público. Por isso, eu quero parabenizá-lo pelo assunto aqui enfocado e me somando nesta luta, para que a Câmara assuma como um todo, convencendo o Executivo para votar o Projeto que aqui está.

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Todeschini, primeiramente quero lhe dizer que este problema do Instituto Sollus, na realidade, foi a Secretaria de Saúde que pediu para o Ministério Público investigar isso aí. No momento em que saiu um parecer do Ministério Público, foi rompido o contrato com a Sollus. E o senhor use esta tribuna para falar a verdade e não use esta tribuna para ficar xingando os Vereadores, colegas seus, como o senhor fez com o Brasinha, aqui, agora! Porque isso é falta de educação, mesmo que o tempo seja seu! O senhor não pode ser mal-educado; o senhor dá um péssimo testemunho desta Casa para as pessoas que estão nos assistindo. Obrigado.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: O senhor deveria ter a condescendência, o respeito e cuidar; eu achei que o senhor ia tratar, por exemplo, do que o senhor presenciou ontem à noite comigo, quando uma pessoa que foi atropelada na Vila Nova, na faixa de segurança, uma senhora idosa. Essa pessoa ficou com muitas fraturas, porque ela não se mexia, estendida no chão batido, nada menos do que 40 minutos, porque o SAMU não chegou em 40 minutos; um duplo atropelamento! Ali deveria haver, na Cavalhada, em Ipanema, pelo menos duas ambulâncias do SAMU. Eu não sei o que aconteceu com essa pessoa, porque depois que o SAMU chegou, depois de mais de 40 minutos, porque 40 minutos foi o tempo que eu acompanhei, e lá chegou o Ver. Nilo. É inaceitável que essas coisas continuem acontecendo na cidade de Porto Alegre! É inaceitável que a gente tenha sempre desculpa furada! É inaceitável que a gente tenha um Gestor que não gesta nada, que tem quatro milhões de desvio da Sollus, que tem bandalheira com a Reação, com desmando de tudo que é tipo e de tudo que é lado...

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Não concedo o aparte, Ver. Brasinha! Àqueles que nos assistem: cuidado se alguém ficar doente; cuidado se alguém tiver que cair no Pronto-Socorro. Isso não é por culpa dos profissionais, que são excelentes, mas não tem planejamento, não tem gestão, não tem mais mando da Prefeitura. O Secretário só diz que vai ser candidato a Deputado e que está arrependido de ter sido Secretário, porque ele acha que assumiu uma bronca muito grande. Isso ele já falou por duas vezes. Então, estão aí só para fazer carreira política, para botar a mão em verba pública, para essa pouca-vergonha que virou a Saúde, que virou a situação de Porto Alegre! E, se tiver coragem, se tiver transparência, eu quero ver vocês enfrentarem uma CPI; eu quero que vocês deem as assinaturas, porque vocês fogem disso como o “diabo da cruz”. Então, assinem! E aguardamos o Secretário para que venha aqui para prestar esclarecimentos para esta Casa, porque o que está acontecendo é indescritível, essa pouca-vergonha que acontece na Saúde. Obrigado para todos. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores; Ver. Todeschini, o senhor, para trabalhar num picadeiro, está pronto, porque eu vou lhe dizer uma coisa, Ver. Todeschini, o senhor atinge a honra das pessoas sem medir consequências. O senhor continua tão irresponsável quanto era há alguns anos nesta Casa, quando o senhor me acusou também, e depois o senhor teve que engolir goela abaixo a minha inocência, porque o senhor é um irresponsável! O senhor atinge as pessoas sem medir as consequências. O senhor precisa entender, Ver. Todeschini, que esta tribuna não é lugar para jogar para a torcida; esta tribuna é o lugar para o senhor falar das coisas com seriedade para que se resolvam; não para ser incendiário. O senhor, no tempo do seu Governo, tinha problemas na Saúde, tinha problema no lixão! Todo mundo dizia que o senhor mais asfaltava do que consertava canos! Todo mundo dizia! Agora, o senhor vem aqui como se tivesse uma auréola e tivesse a solução para o problema. Cada Governo tem os seus problemas, tem as suas dificuldades. Uma das virtudes deste Governo que nós temos aí, com o Fogaça - o primeiro Governo reeleito nesta Capital -, é que em momento algum ele disse que já fez tudo, que sabe tudo e que é o melhor da história. Em momento algum! É um Governo que sabe das suas falhas, conhece suas deficiências, mas procura corrigi-las.

Então, Ver. Todeschini, o senhor sabe muito bem que, quando foi detectada a suspeita de fraude no Instituto Sollus, quem encaminhou para o Ministério Público não foi o senhor, não foi a sua Bancada, não foi a oposição; quem encaminhou para o Ministério Público foi a própria Secretaria da Saúde. O senhor pode olhar, o número do Ofício é 0325, Ver. Todeschini; preste atenção, por favor, para o senhor não falar tanta bobagem! Porque é muita bobagem para cinco minutos! O senhor peça, por favor, a cópia do Ofício nº 0325. A Secretaria da Saúde identificou essa falha e pediu ao Ministério Público que entrasse; o Ministério Público então fez uma análise profunda e realmente apareceu problema. No momento em que veio o Parecer do Ministério Público, a Secretaria da Saúde então simplesmente resolveu romper com o Instituto Sollus; a mesma Sollus - eu tenho certeza - que daqui a um ano o senhor vai estar defendendo, dizendo que foi injustiçada! Assim como o senhor defendeu a FAURGS, o senhor defende tudo que é coisa que é expulsa do Município.

Ver. Todeschini, quanto ao fato do Secretário Eliseu Santos andar anunciando que não quer mais ser Secretário, eu quero que o senhor traga para nós a cópia e diga onde está escrito isso. Onde está escrito? Quanto ao fato de ele estar arrependido de estar na Secretaria e que gostaria de não estar mais lá, eu quero que o senhor mostre algo onde ele diz que não quer mais estar na Secretaria, porque, senão - eu vou ser bem franco com o senhor, Ver. Todeschini -, eu não acredito; eu tenho dificuldade em acreditar no senhor. Eu tenho dificuldade em agarrar uma bandeira e andar ao seu lado. Eu tenho dificuldade, porque o senhor teve a capacidade de mentir sobre a minha pessoa, em reunião nesta Casa, quando eu não era Vereador. O senhor falou mal de mim, me acusou sem me conhecer; sem me conhecer, não, porque o senhor me conhece, é meu vizinho, mora três casas após a minha. Por isso é que eu “papo” todos os votos daquela região, porque quem me conhece sabe quem eu sou!

Quando eu era Presidente da FASC, o Ver. Todeschini veio aqui mentir que eu estava fazendo “rolo”; chegou a mentir que eu desviei cesta básica quando fui eu que conquistei as cestas básicas para doar para a Cidade. Tudo o que o senhor disser eu tenho que investigar cem vezes, mil vezes, porque eu não consigo acreditar no senhor. Quando o senhor fala mal do Eliseu, eu não consigo acreditar, porque, infelizmente, Ver. Todeschini, o senhor falta com a verdade na maioria dos seus discursos. O senhor fala como se no seu Governo nunca tivesse havido problema, nunca uma pessoa atropelada esperou 40 minutos para atendimento no seu Governo, nunca, Ver. Todeschini! Este é o diferencial: o Prefeito Fogaça sabe das suas dificuldades, reconhece as suas falhas, e o senhor, do alto da sua arrogância, do alto da sua prepotência, não reconhece suas falhas. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregoo as seguintes Emendas ao PLCE nº 007/07: Emenda nº 33, de autoria dos Vereadores Adeli Sell e Mauro Zacher; Emenda nº 034, de autoria do Ver. Valter Nagelstein e outros; Emenda nº 035, de autoria do Ver. Valter Nagelstein; Emenda nº 036, de autoria do Ver. Nilo Santos; Emenda nº 037, de autoria do Ver. Nilo Santos; Emenda nº 38, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, referente ao PREVIMPA.

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, Srs. municipários que acompanham este debate, sejam todos bem-vindos. Em nome do PT, eu quero dizer que, quando se toma o caminho do ataque pessoal, é porque se perdeu a força do argumento, Ver. Nilo, e as questões que o Ver. Todeschini traz sobre a Saúde são muito sérias para serem reduzidas a um debate de xingamentos pessoais. Eu quero trazer aqui vários elementos, pois o nosso debate é político, e não pessoal. A Prefeitura só suspendeu o contrato com a Sollus, quando apareceram notas falsificadas que comprovavam desvio de recursos da Prefeitura de Porto Alegre. E desde o contrato assinado às escuras, escondido da categoria - com uma empresa desconhecida, sem sede em Porto Alegre, que tinha relações inclusive com a igreja do Secretário, sem nenhuma experiência comprovada aqui -, a Bancada do Partido dos Trabalhadores denunciou, no Tribunal de Contas, no Ministério Público, na Polícia Federal, as relações entre as diferentes empresas. Então, a Prefeitura teve que encerrar o contrato com a Sollus, porque, quando aparecerem as relações nada republicanas com essa empresa, a Prefeitura deve estar afastada disso, mas alguns terão responsabilidade com isso. E assim ocorreu com as graves evidências de propina na empresa de segurança na Saúde, que, infelizmente, esta Casa não quis investigar, mas que foram graves, que são graves e que mostram uma relação lá na Saúde, nada responsável e nada ética.

Mas eu não quero ficar no tema da corrupção; eu quero entrar, de fato, no que o Ver. Todeschini criticava aqui - o caos na Saúde. É o terceiro ano, nos informa o Conselho Municipal de Saúde - mas podemos ver na vida real -, que a Prefeitura não realiza, Ver. Toni, a Operação Inverno na área da Saúde.

Na sexta-feira, a Lomba do Pinheiro paralisou de manhã; fechou durante a manhã inteira, a Estrada João de Oliveira Remião pelo caos no pronto atendimento, nos Postos de Saúde e nos PSFs da Lomba. Baixaram, à tarde, na quinta-feira, para falar com o Governo, com um documento mostrando o retrato da Saúde, que pode ser visto em todas as regiões, Ver. Brasinha, inclusive na Região Norte, que é a sua; Postos, como o Rubem Berta, com um único médico num turno, com aquele povo sofrendo do jeito que está. E não é um posto, é geral; tanto que, na reunião de sexta-feira, o Secretário Clóvis anuncia a contratação de 99 médicos - agora! - por dois meses - quase no final do inverno! -, porque a coisa está grave demais.

Só no Posto da Bom Jesus, uma médica dizia, lá no Simpa, na sexta-feira, que houve 12 óbitos que ainda não estão confirmados, que estão ligados a esse período de inverno, numa unidade de saúde. Então, tem muito mais óbitos em Porto Alegre que não estão ainda confirmados se ocorreram pela gripe.

Mas há também uma situação de vulnerabilidade como a que ocorreu na Parada 12 da Lomba, no pronto atendimento, num domingo à tarde, com chuva, quando 300 pessoas ficaram empilhadas, em julho, esperando atendimento.

Eu poderia citar uma série de problemas. Então, não resolve tentar desqualificar um Vereador combativo e presente como o Ver. Todeschini. Não resolve o problema de Saúde em Porto Alegre; é grave.

Eu escutei o Secretário da Saúde - o Secretário Clóvis e o Ver. Thiago escutaram também -, dizendo: “Estou saindo para ser deputado, para voltar para aquela Casa onde fiquei por 12 anos, e nunca me incomodei como tenho me incomodando na Prefeitura”. Ele anunciou duas ou três vezes que estava saindo para ser deputado. Ou seja, ele é um Secretário que não dialogou, é um Secretário autoritário, um Secretário que não gere a Saúde, que é incompetente, sim! E o Prefeito fogaça é omisso, ou é rendido diante desse Secretário! Isso é muito grave! Nunca a cidade de Porto Alegre viveu uma situação, na Saúde, tão dramática! Sem falar dos municipários, que estão adoecendo, sofrendo assédio moral, que estão sem condições de trabalho, sem falar na prevenção da Aids, que foi desmontada, sem falar nos recursos públicos devolvidos, e sem falar no drama do HPS! Eu resolvi agora informações da Fisioterapia, sobre o drama que está o problema do lixo, o problema da falta de instrumento de trabalho no HPS, de luvas que se rasgam e etc.

Então encerro, dizendo aqui: vamos olhar para a Saúde de Porto Alegre. Este Prefeito se elegeu com o drama na Saúde, enganando a população! Eu espero que a Cidade acorde depois disso tudo. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento): Sr. Presidente, uma senhora que está na plateia está me chamando de “mau elemento”, mas ela não tem o direito de, nesta Casa, estar gritando e dizendo isso aqui! Eu peço que V. Exª a repreenda imediatamente!

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Senhores, nós vamos adentrar a Ordem do Dia para tratar da matéria do PREVIMPA. Quero dizer que nós tivemos o cuidado de, de forma muito coletiva, a Mesa junto com todas as Lideranças, constituir uma Comissão, que trabalhou coordenada pelo Ver. Adeli Sell, o qual merece o nosso aplauso pela Comissão, para tentar consensualizar o que fosse possível nesta matéria. O que não for possível, a democracia resolve no painel. Nós temos a certeza e a compreensão de que os municipários, pelos quais temos um profundo respeito, vão contribuir com os nossos trabalhos. Eu não vou tolerar nenhuma ofensa de Vereador a visitante, nem de um visitante a Vereador. Correto? Essa é a regra do jogo, muito clara. Portanto, vale daqui para lá e de lá para cá. E eu espero ter a compreensão dos senhores, está bem? (Palmas.)

A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, quero dizer que, na quinta-feira, me manifestei sobre o movimento que fizemos na nossa Região. Há muito que vivemos um problema de saúde seriíssimo, e muito nos custou conseguir o Posto 24 horas. Agora, graças a esta Casa, e por iniciativa desta Vereadora, elaboramos e aprovamos uma Emenda para o futuro hospital daquela região. Quero dizer que nós conquistamos a ampliação do PA da parada 12. E qual é a nossa grande preocupação? Havia muitos boatos de que poderiam fechar o nossa PA, e nós fizemos, sim, um movimento porque estávamos com dificuldade de receber informações. Fomos recebidos pela Secretária Clênia Maranhão, que nos garantiu, e queremos, neste momento, para não deixar a comunidade em pânico, porque nós não vamos usar desta prerrogativa, vamos trabalhar apenas com os fatos concretos, para que, de fato, o PA não feche durante a reforma e ampliação do nosso Posto de Atendimento 24 Horas na região. É desta forma que temos procedido, fazendo os movimentos necessários e buscando soluções concretas, para que a principal atingida aqui, a população, não caia em boataria, mas também que não lhe seja, neste momento, retirada nenhuma conquista. Foi esse exatamente o movimento que nós fizemos e ainda queremos acreditar na palavra da Secretária Clênia, que nos garantiu, para todas as instituições que estavam lá, e eram muitas - inclusive a Verª Fernanda também esteve lá pela manhã -, que nós não vamos ter o Pronto Atendimento fechado. É isso que nós queremos, neste momento, construir.

Agora, também é verdade que nós temos uma parceria, um convênio de atendimento pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre e pela Pontifícia Universidade Católica. Também soubemos que, pelo registro de atestados médicos municipais, não foi reposta essa mão de obra, sendo suprida pela PUC. Os funcionários reclamaram, com razão, nós também levamos essa preocupação e também fizemos essa reclamação, porque não achamos justo. Achamos importante que, na medida em que os funcionários do Município, em especial o corpo médico, tenham falta por atestado, que esses sejam repostos. Então, nós fizemos, sim, uma pressão organizada, mas também buscamos soluções com responsabilidade, até porque nós sabemos que o nosso maior calcanhar de aquiles nesta Cidade é a Saúde; foi, e continua sendo. Nós continuamos com esta lógica de buscar soluções neste momento em que vivemos em pânico.

Em relação à PUC é verdade, sim, que nos nossos postos de saúde lá, Vereador Líder do Governo - é importante que o senhor tenha conhecimento disto -, não têm o álcool em gel, e coisas básicas, como até mesmo papel higiênico, estão faltando. Então, eles estão trabalhando com precariedade. Encaminhamos isso de uma forma civilizada, organizada, compreendendo, mas também entendendo muito mais a situação daquela comunidade empobrecida.

E, por último, Sr. Presidente, quero deixar clara a posição do PCdoB em relação ao Governo Yeda. Não é apenas a Yeda! Nós achamos que, se o Feijó não está metido na questão da corrupção, ele faz parte do mesmo programa, e é, sim, ligado ao Serra, ao Fernando Henrique, ao Aécio, a toda essa concepção - e não é apenas aqui do Brasil - que desmontou a Vale do Rio Doce, que desmontou as principais estatais que eram a alma deste País. Então, existem movimentos por aí que na frente fazem um discurso, mas por trás ficam fazendo “acordinhos”, e a gente sabe! Quem está me ouvindo sabe do que eu estou falando. Tem muita gente que se diz de esquerda, mas lá fazem, sim, conluios com o PFL e com o PSDB. Então, tem que ficar claro: o PCdoB tem uma posição firme e cristalina! Nós temos uma concepção de que não é apenas a Yeda; é “fora” tudo o que aconteceu neste País na mão do PSDB e do PFL. Tem que ficar claro: não é apenas “fora Yeda”, é “fora Feijó” e fora essa corja que tomou conta do País, que desestabilizou toda a economia, estatizou o que não podia, e hoje ainda estamos recuperando um caos social, econômico, principalmente com relação ao mundo dos trabalhadores. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregoamos a Subemenda nº 01 à Emenda nº 30/09, e a Emenda nº 39, ambas de autoria do Ver. João Antonio Dib, ao PLCE nº 007/07.

O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Sebastião Melo, ilustres Vereadores, ilustre púbico que nos vê pela TVCâmara e nos ouve pela Rádio Web, venho a esta tribuna também acolhendo o desafio de falar da Saúde. Como diria o Ver. Ver. Toni, “que bom que caiu o Muro de Berlim”; que bom que o mundo não se divide mais em bons e maus, que bom que a resolução dos problemas não é só uma, e que bom que essa resolução pode ser construída.

Ver. Brasinha, eu lhe pergunto onde estão essas pessoas que hoje defendem os médicos, quando, em 2004, os médicos paralisaram, fizeram uma greve em função das más condições de trabalho? E, naquele momento, disseram que eles deveriam atender emergências nos postos de Saúde. Onde estavam essas pessoas? Agora, vêm a esta tribuna falar que há médico boia-fria, de forma pejorativa, como, aliás, é reflexo das suas manifestações antes.

Estivemos presentes a todas as reuniões que discutiram os PSFs - reuniões convocadas, em tempo hábil -, e, principalmente, nessa última, em que observamos um sério problema: a votação açodada, a votação apressada com o objetivo de retirar os trabalhadores, que já executam suas atividades às vezes há mais de 20 anos nos PSFs da Cidade, e isso foi uma constatação. Na verdade, o grande objetivo é fazer com que essas equipes de pessoas que já fizeram concurso público, que já fizeram processo seletivo não sejam aproveitadas e sejam substituídas por outras, na ideia do quanto pior, melhor. Então, é importante que o telespectador saiba disto, é importante que os colegas que trabalham nos PSFs saibam disto, e eles sabem disso agora, é importante que a população que vai ao posto de saúde para obter saúde saiba disto: o objetivo do quanto pior melhor.

Este Vereador propôs às autoridades constituídas, ao Secretário de Gestão, ao Secretário Eliseu, enfim, aos Vereadores, a seguinte situação: acho que é importante que a gente construa um processo; ninguém é dono da verdade. A Verª Sofia, no momento, solicitou que o Ministério Público interviesse na Câmara, que a Promotora viesse determinar o Projeto de Lei que nós iríamos votar, numa inversão completa e indo contra a independência dos Poderes! Então é importante que a gente, sim, construa junto, mas com altivez, o processo inteiro. Este Vereador sugere que a gente possa fazer um amplo diálogo no sentido de permitir que o Município possa contratar esses profissionais como celetistas; ponto um. Ponto dois: que esta Câmara, o Ministério Público e o Tribunal de Contas façam um grande esforço a favor da legalidade, no sentido de que esses profissionais possam permanecer nos PSFs, porque eles já prestam serviço lá há 10, 20 anos, já passaram por processo seletivo. Não se pode dizer - não é defendendo o trabalhador - para esses profissionais: “Agora vocês estão na rua e há um concurso público para vocês”. Isso não é defender o trabalhador. Defender o trabalhador é construir um processo em que a gente possa estar inserindo esses funcionários, sim, como celetistas do Município. E se alguns dizem que há um Vereador defendendo um “trenzinho da alegria”, se isso é “trenzinho da alegria”, este Vereador defende o “trenzinho da alegria”, defende os profissionais que já trabalham nos PSFs, porque eles adquiriram o seu direito num processo seletivo idôneo e responsável.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma questão de esclarecimento.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: O Ver. Dr. Thiago diz que eu pedi intervenção do Ministério Público para esta Casa. Eu perguntei à Dra. Ângela e ao Dr. Gilson se o Projeto de Lei que aqui estava tramitando, que previa celetistas no quadro, tinha legalidade. Fiz uma pergunta ao Ministério Público do Trabalho, que respondeu - é importante que os municipários saibam -, que é possível, sustentável que haja celestistas, mas afirmou, o que já me surpreendeu, porque eu acho que a Constituição veda, que tanto celetistas quanto estatutários, Ver. Thiago, terão que fazer concurso. Então, eu só queria que o senhor colocasse as palavras como elas são de fato. A gente estava aqui para esclarecer e o Ministério Público deixou muito claro. Segundo, Dr. Thiago, defender que os terceirizados entrem para a Prefeitura é defender, por exemplo, que 1.600 funcionários da Cootravipa, que prestam um serviço terceirizado há 10 anos, entrem para a Prefeitura sem fazer concurso. Avalie essa questão.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Questão de esclarecimento, Sr. Presidente: sim, reitero, aqui, que a Verª Sofia Cavedon solicitou ao Ministério Público que entre no processo que está tramitando nesta Casa, no processo de lei dos profissionais celetistas. Se isso é válido para os Agentes Comunitários de Saúde, a gente entende que há uma construção a ser feita que pode ser estendida aos técnicos de enfermagem, enfermeiras e médicos, no sentido de que, se não é possível constitucionalmente, “Ah, não tem a emenda, só tem a Emenda nº 51”, então que se possa articular junto aos Deputados Federais a Emenda nº 52, possibilitando isso.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Eu agradeço os esclarecimentos dos Srs. Vereadores.

Apregoo a Emenda nº 40, assinadas pelos Vereadores Elias Vidal e Airto Ferronato, ao PLCE nº 007/07.

O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadoras, colegas Vereadores, público que acompanha a Sessão de hoje pelo Canal 16; se eu pudesse dar algum conselho ao nobre Prefeito José Fogaça, eu diria que ele poderia dispensar o nobre Secretário Eliseu Santos. Pela contribuição que ele deu até hoje e pelo o que ele assumiu aqui há poucos dias, que, de fato, ele estava tendo problemas e que preferiria ser candidato a Deputado Estadual, nós não temos dúvidas de que é preciso colocar imediatamente uma outra pessoa com condições de fazer uma gestão compatível com o tamanho e com a preocupação que os cidadãos e as cidadãs têm em Porto Alegre. Até porque, ao longo desses anos, o nobre Secretário Eliseu Santos, seja quando foi Vice-Prefeito e Secretário da Saúde e, agora, como Secretário da Saúde, não demonstrou claramente que a prioridade número um, como foi dito no período eleitoral, seja a Saúde. Tanto é verdade que as contas foram rejeitadas, pelo Conselho Municipal de Saúde por vários trimestres. Por isso só já se justificaria o fato de que a gestão está muito mal em Porto Alegre, mas todos nós sabemos que está mal. Não é só o Vereador, a Vereadora, mas todo o cidadão que vai numa Unidade de Saúde sabe das enormes dificuldades que existem, sejam os profissionais em ter estrutura e local adequado para promover a saúde, ou seja a população para conseguir uma consulta tanto de um clínico geral ou de um especialista como até mesmo uma internação.

Percebemos, ao longo desses anos, que, infelizmente, o Governo Municipal, o Governo José Fogaça, bem como alguns Secretários, não merecem o cargo que têm, tanto é verdade que o Professor Eliseu Santos só veio aqui na Casa porque estava acompanhado do Secretário Clóvis Magalhães. E quem, de fato, dava a linha do discurso e das decisões era o Secretário Clóvis Magalhães. Portanto, o Professor Eliseu Santos, por uma questão de respeito, ele não está tendo autoridade suficiente para poder tocar a Saúde em Porto Alegre. Então, se cabe esse conselho, o Professor Eliseu Santos - que foi Secretário, Deputado - tem que deixar a Saúde em Porto Alegre, deixar para uma outra pessoa que tenha condições políticas de dialogar com o Legislativo e que tenha condições políticas de poder ir ao Conselho Municipal de Saúde e visitar as Unidades de Saúde, para perceber o caos que está em Porto Alegre. Tanto é verdade, conforme alguns Vereadores inclusive aqui já falaram, não tem sequer um pote, um spray de álcool, para os cidadãos poderem passar em suas mãos. Não tem sequer a máscara, neste momento de tamanha dificuldade, para que o profissional da Saúde possa usar ou para aquele que tenha os sintomas da Gripe A (H1N1).

Então, vejam só, além de nós termos uma enorme dificuldade em conseguir uma consulta, e não termos um projeto de ampliação, ou até mesmo de informatização para marcar a consulta com especialidade, que demora hoje uma média de um ano a dois anos, assim mesmo o Secretário vem a esta Casa e diz que fez inúmeras reformas em Unidades de Saúde em Porto Alegre. O que nós queremos, na verdade, é resolutividade, e nós percebemos que o atual Secretário da Saúde não apresenta condições de promover essa inclusão dos trabalhadores e ter acesso à Saúde em Porto Alegre.

Por isso, neste sentido, em nome da Bancada da oposição, nós queremos nos somar não só com a indignação da população, mas, mais do que isso, nos somarmos à rebeldia e pedir a saída do Secretário Eliseu Santos, porque ele, na verdade, não merece o cargo que tem, pois, se assim o merecesse, estaria visitando as Unidades de Saúde, estaria promovendo, de fato, a Saúde em Porto Alegre e criando condições de implementar projetos estratégicos como é, e sempre será, o Programa de Saúde da Família. Aqui nós percebemos que não há vontade política de aprovar o Projeto de Lei que ora foi apresentado através do Termo de Ajuste de Conduta, e nem mesmo de poder ampliar as equipes de PSFs que foram aprovadas, no final do ano, por esta Casa, implementando 50 equipes a cada ano.

Por essa razão, com certeza, o debate é a Saúde em Porto Alegre, e nós queremos fazer um apelo para que ele visite as Unidades ou se retire da função em que tanto a sociedade precisa que ele atue como cidadão, mas também como um promotor da Saúde para todos os nossos cidadãos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para um Requerimento.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo, venho fazer um Requerimento para que o Líder do Governo, Ver. Valter Nagelstein, nos retorne o pedido que fizemos de que seja agendado o comparecimento a esta Casa do Secretário Eliseu Santos, porque nós temos que discutir um tema que está presente em toda a Cidade. Estou ouvindo dizer que foram emitidos quatro milhões de reais em notas frias contra o Município, e esta Casa precisa saber disso. Portanto, estamos aguardando uma manifestação da Liderança do Governo para que o Secretário venha aqui para discutir esse assunto, pois é de interesse da Cidade. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu gostaria, neste período de Liderança, pois logo em seguida vamos entrar num assunto importante sobre o qual a Casa se debruça há três anos, Ver. Beto Moesch, que é a questão do PREVIMPA, mas não sem antes aproveitar este espaço e marcar posição com relação a um tema candente da Cidade, pois teremos, no próximo dia 23, a votação do Projeto do Pontal.

Eu me permito apenas, Srs. Vereadores, num primeiro momento, dizer qual é a posição do Governo. A posição do Governo é de fazer o Referendo, a consulta popular de caráter referendário que é, tecnicamente, a definição, porque nós precisamos definir o Regime Urbanístico para aquela área de seis hectares, de 800 metros de face, na beira do rio, área privada que foi comprada lá atrás, todos sabem disso, num leilão que não teve participação nenhuma do Município, a não ser o Prefeito Tarso Genro criando condições para que a área tivesse valor e pudesse ser vendida para atender a questão dos trabalhadores do Estaleiro Só. Nós estamos fazendo o referendo para definir o Regime Urbanístico da área, independentemente do desejo do empreendedor ou de qualquer outro desejo, porque é preciso que a Cidade, o Poder Público, que Prefeitura Municipal definam o Regime Urbanístico. Essa é a posição do Governo.

Eu queria compartilhar com V. Exas, e com aqueles que nos escutam e nos acompanham pela TVCâmara e pela Rádio Câmara, a minha posição, Sr. Presidente, que assim expresso (Lê.): “Por que voto ‘sim’. Como legislador - e autor da Emenda que instituiu o primeiro referendo da nossa Capital - pude plasmar parte de minhas crenças políticas. Como democrata, por óbvio, aceitarei qualquer resultado. Como cidadão, entretanto, preciso tomar parte, e assim o faço, porque não quero conviver no ‘limbo de Dante’, daqueles que não merecem nem o céu, para que não manchem seu esplendor’, nem o inferno, ‘porque não podem vangloriar-se da mesma pena que os que escolheram lado’, mesmo o errado. Assim, como em todos os momentos em que este assunto foi discutido, reitero minha posição favorável ao Projeto do Pontal do Estaleiro, repudiando todos os argumentos contrários, que, na minha visão, não têm procedência, nem sustentabilidade, beirando, em muitos momentos, o irracionalismo. Vejo pessoas repetindo bordões, e quando as vejo concluo que não conhecem o que falam, simplesmente repelem. É uma falácia falarmos em ‘privatização da orla’ quando se discute esse assunto. Mas é um discurso fácil, que cola! As exigências que o Município deve fazer num projeto dessa natureza, tais como o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU), o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), e a própria licença ambiental, põem por terra a maior parte dos argumentos contrários suscitados. Também as medidas ‘mitigatórias e compensatórias’, que já haviam sido sinalizadas e que beneficiariam a toda a população de Porto Alegre -como foi o caso da duplicação da Diário de Notícias e da ciclovia ali instalada -, põem por terra o sofisma. Ao fim, a questão é ideológica.

Neste sentido reafirmo a minha visão de mundo construída sob o trinômio liberal-social-democrata.Tenho pânico de visões totalitárias e de pensamentos preconceituosos, que, sob bandeiras de justiça social, proteção ao Meio Ambiente - dentre outras meritórias - escondem ódios e ressentimentos. Lembro Rui Barbosa, para quem a verdadeira justiça consiste em ‘aquinhoar os desiguais na medida da sua desigualdade’, e não, como pensam uns, igualando todos à força, suprimindo ambições e iniciativas pessoais sob uma falsa perspectiva de igualdade. Nesse diapasão a própria Constituição brasileira recepciona este pensamento, quando consagra a livre iniciativa subordinada ao interesse social. Os milhares de empregos gerados e o controle social do Município (direitos difusos - in casu meio ambiente - L. A.) - estariam em consonância e subordinação aos ditames constitucionais. Então me lembro de Getúlio Vargas, que disse: ‘nada dignifica mais o homem que o trabalho’. Aos que querem trabalho, geremos oportunidade. Lembro-me, por outro lado, das experiências estandartizantes que reduziam todos os homens a uma massa, que, pretensamente sob as mais nobres inspirações, os subjugavam e manipulavam. Essa experiência já foi quase derrotada pela História, mas, infelizmente, na América Latina - numa pretensa e equivocada resposta às cleptocracias que se apropriam do Estado (ou as históricas e odiosas desigualdades sociais) - algumas experiências totalitárias de caráter populista ainda resistem, e outras vicejam. Entre nós aqui também há os que incensam esta visão de mundo e de tempos em tempos elegem alvos que, imagino, pensem eles, representem o mal, traduzido no ‘capital’ ou na ‘iniciativa privada’ (com suas variações, bordões, clichês, palavras de ordem), quando o mal, na verdade, está no odioso pensamento totalizante (ou nas corporações que se apropriam do Estado em detrimento da sociedade, ou, ainda, nas aristocracias cleptomaníacas), e não na justa riqueza que as pessoas podem acumular mercê do seu trabalho e esforço. Quando olho para o Pontal não me pergunto quanto o empresário vai ganhar, me pergunto, sim, se a Cidade pode ganhar algo, e, no correto cotejo entre opções e alternativas, escolho meu caminho. Aos que não pensam assim - e como resposta a esses -, precisamos afirmar a livre iniciativa, o empreendedorismo, o estímulo ao desenvolvimento sustentado, o direito à Educação e à informação, a subordinação de todos à sociedade e ao cidadão que paga impostos como os melhores caminhos para a construção de um Estado justo e respeitoso e, assim, uma sociedade desenvolvida e equilibrada”.

Por isso, Sr. Presidente, concluindo desta tribuna, e me dirigindo a toda a sociedade porto-alegrense, é que voto “sim”, no primeiro referendo da história da nossa Capital! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Sr. Presidente, face a não manifestação do Líder do Governo em relação à questão feita anteriormente por nós, requeiro, na forma do Regimento, que o Secretário Municipal de Saúde seja convocado por este Plenário para vir prestar esclarecimentos sobre as questões levantadas. Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, o Ver. Todeschini já fez um Requerimento anteriormente, e volta para fazer um outro Requerimento. O Ver. Todeschini quer ocupar todos os tempos que existem aqui na Câmara.

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Sei que V. Exª conhece o Regimento em profundidade, mas o Regimento deve ser materializado. Evidentemente, depois será votado, e, depois da votação, em sendo aprovado...

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Era exatamente isso que eu ia requerer, Sr. Presidente: que o Vereador faça por escrito o seu Requerimento, e que o Plenário vote. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): É, o Regimento é dessa forma. Portanto, aguardamos o Requerimento para a sua inclusão.

Convoco os Srs. Líderes a comparecerem à Mesa para uma rápida reunião a fim de definirmos a sequência dos trabalhos antes de passarmos à Ordem do Dia. (Pausa.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo) (Após reunião com as Lideranças.) Consulto os Srs. Líderes, especialmente o Líder do Governo: qual o entendimento das Lideranças sobre a proposta que a Presidência fez?

 

O SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro a inversão da ordem dos trabalhos, para que passemos, em primeiro lugar, ao período de Comunicações.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, o Requerimento de autoria do Ver. Brasinha, referente à inversão da ordem dos trabalhos. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 07 votos SIM , 13 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Alguns Vereadores não conseguiram votar, portanto registro as presenças dos Srs. Vereadores: Pedro Ruas, Carlos Todeschini, Elias Vidal, DJ Cássia.

 

(Tumulto no Plenário.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito a abertura do painel para a verificação de quórum.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Só quero informar a V. Exª, com todo o respeito ao ilustre Ver. Brasinha, que nós estávamos encaminhando a discussão proposta por Vossa Excelência. O entendimento da maior parte dos Líderes é de que nós podemos fazer a discussão hoje, como propôs a Verª Maria Celeste, e que nós podemos votar na quarta-feira. Só que se a discussão terminar hoje, aí nós vamos votar. Se a discussão terminar nós vamos ter de votar. Nós não estamos fazendo óbice nenhum com relação a isso, vamos enfrentar a discussão, mas nós temos de entrar na Ordem do Dia. Eu quero fazer um apelo ao ilustre Vereador, fiel Vereador, operoso Vereador da nossa Bancada, Ver. Brasinha, dizendo que não é contra ao Ver. Brasinha, é que nós precisamos, imediatamente, ingressar na Ordem do Dia. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, cada vez que eu peço alguma intervenção, o Ver. Valter nunca aceita! Eu quero dizer para o Sr. Presidente, como o direito de qualquer um outro Vereador, eu tenho o direito de pedir, e ele deve acatar também como Líder do Governo, e não fazer essas palhaçadas que ele vem fazendo!

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Feitos os registros. Pois eu quero dizer, Vereadores, primeiro eu quero solicitar à nossa Assessoria, dizer que a Bancada da direita se sentiria honrada de contar tanto com a Diretoria do PREVIMPA, como com a Diretoria do Simpa...

 

(Tumulto no Plenário.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h02min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 16h04min): Estão reabertos os trabalhos.

Solicito que os Senhores Vereadores retomem as suas Bancadas. Agradeço pela colaboração dos senhores. Informo que a Ordem do Dia está instalada, solicito ao Plenário que contribua com os trabalhos, reitero o convite feito à Diretoria do Simpa e à Diretoria do PREVIMPA: se quiserem usar aqui a nossa Bancada da direita, será uma honra recebê-los.

 

O SR. NILO SANTOS (Requerimento): Sr. Presidente, apenas quero dizer que este fato que ocorreu já está superado, e gostaria que V. Exª solicitasse a presença dos Líderes na Mesa para que nós possamos dialogar.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Atendo o Requerimento do Ver. Nilo Santos e convido os Senhores Líderes para uma rápida conversa. Agradeço às Sras. Vereadoras, aos Srs. Vereadores e solicito que os senhores retornem às suas Bancadas.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4471/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 007/07, que altera dispositivos da Lei Complementar nº 478, de 26 de setembro de 2002, que dispõe sobre o Departamento Municipal de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre – PREVIMPA, disciplina o Regime Próprio de Previdência dos Servidores do Município de Porto Alegre – RPPS, altera o § 3º e acrescenta o § 5º ao art. 3º da Lei Complementar nº 505, de 28 de maio de 2004, e dá outras providências. Com Emendas nos 01 a 03, 06, 07, 15 a 23, 30, 31 e 32. Com Subemendas no 01 às Emendas nos 01, 02 e 06.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e das Emendas nos 01, 02, 03, 06, 07, 15 a 23, das Subemendas no 01 às Emendas nos 01, 02 e 06 e pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação das Emendas nos 04, 05, 08 a 14, 24 a 29.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM;

- prejudicada a votação das Emendas nos 04, 05, 08 a 14 e 24 a 29 nos termos do art. 56, § 2º, I do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM;

- adiada a discussão por cinco Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLCE nº 007/07. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, primeiro cumpre esclarecer, principalmente aos municipários e ao Sindicato que o acordo que construímos foi apenas o de se fazer o debate hoje, e esta discussão volta para a Mesa Diretora na quarta-feira, pela manhã, para definir a votação. Mas quero aqui recordar qual é a história deste Projeto de Lei, que fez com que a Câmara constituísse o GT. O Projeto de Lei veio para esta Casa sem discussão com a categoria, lembrando aos Vereadores que ficou quase dois anos na Casa, mas só teve Parecer da primeira Comissão - Comissão de Constituição e Justiça; não tramitou nas demais Comissões, e os municipários ficaram extremamente preocupados com propostas que vinham no bojo do Projeto de Lei.

A Câmara, e falo para os Líderes de Bancada, depois de várias vindas dos municipários a esta Casa, apelando e pedindo a retirada do Projeto - inclusive ao Prefeito Municipal, que se comprometeu em retirar o Projeto; solicitando uma discussão com a categoria, que foi assumida na posse do último Conselho de Administração e Fiscal do PREVIMPA; compromisso não cumprido com a categoria -, a Câmara constituiu um GT para tentar construir consensos em relação ao Projeto de Lei.

Nós já vínhamos para esta Sessão com a notícia de que em vários temas não havia sido construído o consenso. Mas o que nos surpreende, Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo, que mais Emendas entraram hoje, Emendas que trazem temas novos, não só os temas que não foram discutidos com a categoria, Ver. Valter! Não só isso; são temas que retiram conquistas da categoria. Apresentar, enquanto Governo, uma Emenda que retira a eleição do Diretor Administrativo e Previdenciário é uma traição ao processo realizado aqui na Casa. É, de novo, tentar retirar direitos da categoria, sem discussão com a categoria dos municipários. E, desta forma, nós não aceitamos a votação do Projeto.

E, há mais: há outra Emenda, também não discutida com a categoria, que estabelece o uso dos recursos do Comprev, que vem da Previdência, do SUS, de municipários que incorporaram anos externos à Prefeitura, para repartição simples. Não houve discussão com a categoria, nem acordo para entrar com essa nova Emenda.

Mais: há a questão da proporcionalidade, um tema que eu já tive iniciativa na Casa, mas recuei, porque não há construção na categoria, porque a gente tem um equilíbrio, hoje, construído no PREVIMPA, entre a indicação do Executivo e a eleição que os municipários fazem do seu representante.

Então, propor, sem discussão, na forma de uma Emenda, é, de novo, reforçar a ideia que a categoria tem de que este Governo não dialoga, não respeita as construções e quer mexer no PREVIMPA sem respeitar que este Instituto é, de fato, um Instituto fundamental para os municipários, e as mudanças que nele ocorrerem têm que ser mudanças resultado do debate e do convencimento dos municipários.

Exemplo disso - e é um tema para o qual nós queremos encontrar uma solução - é a questão do quórum para a eleição dos Conselhos. Um Governo que propõe a inexistência de quórum mínimo para eleição, não quer democratizar, não quer garantir transparência nem representatividade no controle do PREVIMPA.

É inaceitável que voltemos a ter, Ver. Bernardino, algum mecanismo, como esse, em que poderá haver eleição com uma representatividade mínima, que era o que acontecia no nosso antigo Montepio. No nosso antigo Montepio as eleições eram fraudadas, poucos votavam, e se mantinha uma elite, uma casta, lá dentro, que se mostrou - quando, enfim, conseguimos derrubá-la - predatória para o patrimônio dos municipários. Tanto é que hoje há o caixa único que paga as pensões, tanto é que não foi possível resgatar o patrimônio do Montepio, tamanhas as dívidas, tamanho o número de ações que havia contra aquela Entidade, que não era transparente, que não servia aos municipários. Esse não será o destino do PREVIMPA. Por isso esta discussão não pode prescindir da vontade soberana dos municipários.

Eu chamo a atenção dos Líderes de todas as Bancadas: o PREVIMPA não é para nós, não é desta Câmara, nós passamos. Os municipários precisam ter o seu instituto protegido, democrático, transparente, superavitário e que garanta, sim, o futuro, as aposentadorias e as pensões. É com essa responsabilidade que nós temos que enfrentar o debate. As Emendas de ultima hora não demonstram isso; o desrespeito ao GT não demonstra que o Governo quer fazer isso.

Então, o meu apelo às Lideranças de todos os Partidos, pois todos sabem da importância do Montepio para o conjunto dos municipários. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

(O Ver. Toni Proença assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste, em primeiro lugar, eu queria lamentar o acordo descumprido pelo Governo, pelas Lideranças do Governo nesta Casa, porque nós, no início do ano, em abril, discutimos que haveria um GT para discutir os artigos do PREVIMPA e depois submetê-los à votação, sabendo, evidentemente, que haveria aspectos sobre os quais não poderíamos ter acordo, de que haveria diferença ideológica entre as Bancadas, mas de antemão discutido no Grupo de Trabalho, organizado pelo Ver. Adeli Sell, em nome da Mesa Diretora. E tivemos esta surpresa, hoje, quando chegamos ao Plenário e apareceram dez Emendas que não haviam sido apresentadas no GT, que não foram discutidas com a categoria, e o forte deste Governo é não ouvir a categoria, e, quando pode, passa por cima da categoria! As Emendas não foram apresentadas para nós, Vereadores, e, simplesmente, isso se configura num golpe para controlar o PREVIMPA. Um golpe, porque quer intervir, em primeiro lugar, em dois aspectos que são muito caros para a categoria, que não foi favor de ninguém, mas foi uma conquista da categoria: eleger majoritariamente, em eleições, os seus representantes no Conselho de Administração da Instituição. Casualmente, o Governo, no Projeto inicial, queria reduzir o prazo de eleição e de edital. Agora, chega ao acinte de apresentar duas Emendas: a primeira, intervindo para que a eleição seja proporcional, que não seja uma chapa que apresente as melhores propostas e que garanta a representação dos municipários no PREVIMPA. E, além disso, muda o que é muito caro para a categoria, que é a forma de eleição do seu diretor-financeiro e do seu diretor-geral. Agora, eles serão indicados, pela proposta apresentada hoje, de maneira golpista, eu diria, o que antes era definido pelo conselho de administração com a participação da categoria.

Então, em primeiro lugar, eu gostaria, ao discutir o Projeto, de lamentar a falta de palavra, lamentar a falta de compromisso, lamentar que a gente faça um GT e que as pessoas venham semanalmente, às quartas de manhã, e que nada disso tenha sido falado no Grupo de Trabalho e que apareçam sorrateiramente nesta Casa Emendas para atacar direitos da categoria, para tirar a sua representação, que é uma conquista. Aliás, Emendas que contrariam a Lei Orgânica do Município, porque a Lei Orgânica do Município é muito clara, defendendo que os municipários elejam a sua representação.

No art. 48 da Lei Orgânica diz que a direção do PREVIMPA será composta integralmente por representantes eleitos diretamente pelos servidores municipais. Talvez o Governo não tenha lido a Lei Orgânica e não respeite nem a Carta Magna do Município de Porto Alegre.

De qualquer modo, o interesse do Governo, na nossa opinião, é muito claro, no sentido de atacar a Previdência dos municipários. Quer “meter a mão”, apropriar-se indevidamente da contribuição dos municipários, fazendo caixa com o dinheiro do trabalhador, arrecadando para a Prefeitura o valor que os municipários contribuem mensalmente com a taxa de administração para pagar uma dívida que é uma dívida sua. Porque quem não pagou a Previdência, antes de 2003, foi o Governo. O trabalhador, o municipário, todos vocês, sempre pagaram, tiveram deduzido do seu contracheque o dinheiro da contribuição para a Previdência. E a Prefeitura, que nunca pagou, que tem uma dívida de R$ 27 milhões com a categoria, não quer pagar o seu bolo da dívida, quer tirar mais uma vez o salário do trabalhador, quer se apropriar da taxa de administração para pagar uma dívida que é sua, que é do Governo, o patrão! Isso é um desrespeito para com a categoria, porque além de não garantir nem a reposição da inflação no período deste ano, ainda quer aproveitar o dinheiro da contribuição dos municipários para pagar uma dívida que é do Governo, que é do patrão, que é constitucional, que deve ser paga pela Prefeitura, que deve ser paga pelo gestor, e não pelos trabalhadores.

Mais uma vez, o Governo Fogaça quer repassar a conta para os trabalhadores. Para os grandes empresários, nunca; para os Cargos de Confiança, nunca, mas as verbas de publicidade nunca se cortam, mas sempre se tira e se tenta tirar verba dos trabalhadores. Portanto, é um absurdo que se vote este Projeto - quarta-feira vai ser discutido -, mas eu gostaria de pedir o voto dos Vereadores e Vereadoras da Cidade, para que a gente diga não ao desrespeito, a esse roubo da contribuição dos municipários. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Toni Proença; Vereadores e Vereadoras, municipários que nos acompanham, demais pessoas que nos assistem pela TVCâmara e pela Rádio Web, a todos os demais presentes também o nosso abraço. Porto Alegre fez um papel muito importante e responsável quando criou o PREVIMPA, o Fundo de Previdência dos Municipários, situação que muitos outros Municípios não têm, e o Estado do Rio Grande do Sul ainda não tem. Ele tem o IPE, que é caixa de pensões e previdência para os próprios funcionários do IPE. Nós tínhamos aqui também o Montepio, que era um caixa para pensões e outras questões, mas não tínhamos um fundo de previdência que desse conta de garantir uma situação saudável para os trabalhadores, uma situação previdenciária que garantisse os ganhos das pessoas na aposentadoria, conforme a carreira, conforme o trabalho e conforme uma vida dedicada à cidade de Porto Alegre. Então, não sem pouco desgaste, foi aprovado por esta Câmara, em 2001, eu creio, o Fundo Previdenciário, o PREVIMPA, e isso é uma conquista, sem dúvida, muito importante.

Agora nós estamos recebendo um Projeto, de iniciativa do Governo, para ajustes, para alterações que são significativas, e nós aqui, corroborando as falas da Verª Sofia e da Verª Fernanda, queremos discutir mais aprofundadamente, porque várias questões que estão propostas na forma de Emendas nos surpreendem, e elas representam a retirada de direitos e retrocesso em conquistas. E o que é conquista, meus caros Pares, é o ponto de partida, e não pode ser fator de retrocesso. Há questões, como, por exemplo, do uso da parte patronal referente aos 2% da taxa de administração. O Executivo quer dispor desse recurso em vez de ele capitalizá-lo para as garantias do futuro. Eu acho que essa não é uma questão menor. Nós não podemos retroceder nisso, que é uma conquista, como realizar aqui um ato e transferir os direitos para o Município, para a parte patronal, para dispor desses recursos para a sua administração, para os investimentos, para as necessidades, até porque falta muita transparência sobre o uso do dinheiro no Executivo, falta uma mudança profunda em práticas que são condenáveis.

Há outras Emendas que querem colocar em risco as garantias que se conquistaram até hoje, como, por exemplo, de um quórum bastante expressivo para realizar alterações. O Governo, através de Emenda, quer propor a limitação ou a retirada de poderes ou a demissão dos diretores a qualquer tempo; isso nós não podemos aceitar. Por isso o PREVIMPA é um importante instrumento da cidade de Porto Alegre, da gestão dos servidores e da garantia dos ganhos em vida e dos descendentes, nos casos previstos, para que todos tenham conforto e tranquilidade de que vão, pelo menos, perceber os ganhos de direitos a que fizeram jus durante a vida.

Por isso é preciso que aprofundemos esta discussão, há muitas Emendas aí que nos surpreenderam, nós não as conhecíamos, que precisam ser discutidas, porque, no nosso entendimento, elas retiram direitos. E nós não podemos que isso aconteça, porque aquilo que se conquistou é ponto de partida, e nós temos que ir para frente, para uma vida melhor e não para perder. Obrigado pela atenção. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Toni Proença; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, ouvindo a Verª Sofia Cavedon, eu voltei ao passado, mas também cheguei ao presente. Lembrei o dia em que cheguei à Câmara Municipal, lá no 14º andar do Prédio José Montaury, e eram 21 os Vereadores. Aliás, naquele ano, dois haviam sido cassados, eram só dezenove.

Agora, nós somos 36 Vereadores. Aqueles 21 Vereadores jamais deixaram um projeto da importância deste, ou qualquer outro projeto provindo do Executivo, de um ano para outro. Jamais! Este Projeto está aqui há dois anos, um mês e duas semanas. A Verª Sofia Cavedon reclamou, porque só foi ouvida a Comissão de Justiça. Nós temos culpa de que tenha sido ouvida somente a Comissão de Justiça, porque este Projeto é importante; tem 23 artigos e já tem 40 Emendas, por enquanto. E nós não o votamos. Parece que nós sabemos mais do que todos os outros: fizemos 40 Emendas, tem 23 artigos. Aí eu me lembro aquilo que tenho afirmado tantas vezes aqui: era melhor a Câmara ter 21 Vereadores, 36 é muito; 37, na próxima, vai ser horrível! Há uma preocupação de legislar, de fazer leis, de fabricar leis, mas não de fiscalizar o cumprimento da lei. Então, eu fico na saudade dos 21 Vereadores, das três Comissões - Comissão de Justiça, que despachava assim: pela tramitação ou pelo arquivamento; assunto encerrado. Aí passava pela Comissão de Serviços Municipais, e, eventualmente, pela Comissão de Finanças.

No caso deste Projeto, pela extrema importância que ele tem, porque diz da vida futura dos servidores municipais e dos seus descendentes, deveria ser uma pequena comissão de dois, três Vereadores, mais o Sindicato, com duas ou três pessoas, mais a Secretaria de Administração, reunindo-se não mais do que dez pessoas, porque, quando não se quer resolver, faz-se uma grande comissão. E a Câmara aqui costuma fazer grandes comissões, nunca com menos de doze. Então, quando não quer resolver faz uma grande comissão. Então, nós não vamos resolver, nós não vamos votar hoje, não sei se votamos na quarta-feira, não sei se chegamos lá. São 40 Emendas, algumas destacadas, outras não. Nós tivemos dois anos, um mês e duas semanas e não conhecemos o Projeto.

Com 21 Vereadores, eu tenho absoluta convicção de que os 21 Vereadores saberiam todo o Projeto, porque ele seria discutido na Pauta, nas três Sessões de Pauta, depois iria para a Comissão de Justiça, para a Comissão de Serviços Municipais e, nesse caso, à Comissão de Finanças. Tudo seria resolvido no Plenário e, antes do fim do ano, seria entregue ao Prefeito. Agora, não! Não sei em que dia nós vamos votar isto aqui, pois sãos 23 artigos e 40 Emendas. Saúde e PAZ! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente, Ver. Toni Proença; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos acompanha nas galerias, em especial os servidores do Município e também do PREVIMPA, na pessoa do Rigotti; integrantes do Simpa, público que nos assiste pela TVCâmara e que nos ouve pela Rádio Web, sem dúvida este é um dos Projetos mais polêmicos e mais importantes que podemos votar este ano. Eu concordo com o Ver. João Dib, quando ele diz que nós já estamos há dois anos aqui com este Projeto. Entretanto, às vezes o tempo é importante para que nós possamos fazer o amplo debate; eu tenho sido defensor dessa tese e sei que muitos Vereadores concordam com ela, porque é importante para nós todos. Às vezes, a pressa nos atrapalha, discutimos e discutimos, porque queremos buscar sempre o consenso construtivo para aquilo que é o melhor para a Cidade e para os seus servidores.

O PDT fez parte desse GT, juntamente com o Ver. Adeli, participamos todas as semanas, durante 60 dias. Essa foi a orientação e a definição da nossa Bancada, porque esse é um tema que faz parte das nossas bandeiras sempre em defesa dos nossos trabalhadores deste País. Fizemos questão de fazer parte, de buscar e discutir todos os pontos possíveis para a construção de um Projeto que seja o mais perto da perfeição de que gostaríamos.

Eu tive a oportunidade de receber na Bancada, tanto o PREVIMPA como o Simpa, hoje pela manhã, e chegamos a uma definição de que os pontos mais polêmicos seriam apenas aqueles da gestão do PREVIMPA. Entretanto, não estaríamos trabalhando em questões que tirassem algum direito dos trabalhadores. Inclusive, uma das Emendas a que votaríamos contra, assim definimos porque esta, sim, mexia em direitos - já havíamos nos posicionado de que iríamos votar contrariamente. Havia consenso tanto do Simpa quanto do PREVIMPA no que diz respeito às aposentadorias e que o Tribunal de Contas já havia apontado contrariedade.

Enfim, o Projeto tenta trazer uma nova dinâmica para a gestão do PREVIMPA, e a nossa Bancada irá acompanhar. Portanto, estaremos aqui discutindo todas as Emendas, porque queremos sempre ter esse olhar cuidadoso no que diz respeito à aposentadoria dos servidores do Município. Saibam que a nossa Bancada, o nosso Partido tem essa bandeira, tem esse compromisso histórico com os trabalhadores deste País. É assim que queremos, aqui na Câmara de Vereadores, dar sempre o prosseguimento ideal para que vocês possam garantir o seu futuro. O que nós votaremos aqui, hoje ou na quarta-feira, Ver. João Dib, talvez possamos rever mais adiante, porque essa não é uma situação que termina hoje com a votação deste Projeto. Há uma continuidade, um olhar minucioso, comprometido, que nós teremos ao longo do processo.

Essa é uma questão que nos preocupa. Sabemos que não só o Município, hoje, arca com um passivo do passado, mas também sabemos que o futuro é inseguro. A nossa Bancada, como sempre, defensora e comprometida com essa causa, estará atenta, porque estaremos votando hoje um Projeto que não garante o futuro, mas talvez seja o ideal para o presente. Este é o nosso compromisso. Às vezes, não conseguimos chegar ao ideal, mas fazemos o que é possível, e é assim que a Bancada do PDT irá se posicionar. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Ver. Toni Proença, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste, primeiro, quero dizer que me chama atenção positivamente o nível da nossa discussão neste momento. Não vi nenhum Vereador subir aqui e gritar exageradamente. Acho que isso demonstra que, depois da tempestade, vem a calmaria, também aqui nesta Casa.

Quero fazer um registro dizendo, Ver. Valter, que seria um discurso até um tanto prevalecido, se nós fôssemos trazer aqui a discussão da previdência daqueles cidadãos que dependem do INSS, da aposentadoria e do reconhecimento. Mas nós não podemos fazer isso, porque esse é um problema do Brasil e não é deste Governo, é de todos os Governos que por aí passaram e que aí estão. De uma forma ou de outra, os servidores ainda tem essa diferenciação, e que bom, em comparação aos brasileiros de um modo geral, que estão diretamente dependentes da previdência social.

Este Projeto foi protocolado nesta Casa no dia 02 de agosto de 2007. No dia 13 de agosto, este Vereador deu o Parecer. Em 13 de agosto, veio uma contestação de um Vereador ao nosso Parecer. Encaminhamos ao Executivo para que se pronunciasse em razão da complexidade da matéria. Em 22 de setembro de 2008, veio a resposta do Executivo. Em 22 de outubro de 2008, fizemos o Parecer Final, a contestação àquela contestação feita pelo Vereador, ou Vereadores, cujos nomes não recordo agora. Na oportunidade foram em torno de 29 Emendas.

Quero aqui fazer um aparte para homenagear a assessoria jurídica do meu gabinete. Faço essa homenagem, Verª Sofia, mostrando aqui (Mostra documento.) a todos que as Emendas que foram contempladas e todas as negadas têm o resumo dos motivos, para facilitar a discussão a todos, e isso está anexado ao Projeto, assim como está anexado ao Projeto o comentário do Executivo a respeito das Emendas apresentadas. Dentre as Emendas que nós acabamos contemplando, há uma Emenda da Verª Sofia, que posteriormente acabamos atendendo - e a Verª Sofia veio fazer uma deferência à sua Emenda -, encaminhando uma outra Emenda para contemplar a Emenda da Vereadora, que foi negada por nós no Parecer, porque tivemos uma contemplação em nível federal, igualando aqueles profissionais que trabalham na administração das escolas àqueles que trabalham na docência. É mais ou menos isso, não é Vereadora? Fizemos isso naquele momento, atendendo uma orientação do próprio Executivo - e havia em vários momentos entendimentos divergentes e discussões nesse sentido -, mas depois reconhecemos, até por uma interferência, por um trabalho muito bem feito pelo nosso Deputado Federal Mendes Ribeiro Filho, em nível federal.

Então, eu gostaria de dizer que eu também concordo, em parte, com o que o Ver. João Antonio Dib falou, mas gostaria de dizer, Ver. João Antonio Dib - e não estou contestando a sua colocação, em hipótese alguma - que nós temos todo esse histórico no Projeto - e o Projeto estava aqui na Casa. Eu confesso aos senhores que, em razão da complexidade, apesar de termos feito todo esse trabalho, eu precisaria ficar mais uma semana relendo para memorizar tudo. Então, as partes diretamente envolvidas, neste momento, poderiam, sim, nos ajudar muito mais.

Agora, de qualquer sorte, eu quero fazer um registro a este Governo: mesmo que ele não atenda a tudo o que os servidores estão pretendendo, ele está, sim, dando um passo à frente, e estamos, sim, buscando reconhecer os direitos dos servidores do Município; pior seria se não tivéssemos um Governo com coragem de enfrentar essa situação. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Solicito a abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, solicitada pela Verª Maria Celeste. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Quatorze Vereadores presentes. Há quórum.

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE nº 007/07, por cedência de tempo do Ver. Mauro Pinheiro.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Toni Proença, veja mais um motivo, inclusive, para não encerrarmos a discussão. O nosso pedido de verificação de quórum foi para manter aberta a discussão para a próxima Sessão. Por quê? Ao olhar apenas neste momento as novas Emendas, 12 novas Emendas apresentadas na Ordem do Dia, nós precisamos fazer uma análise com muita atenção.

O Ver. Bernardino Vendruscolo, aqui, reconhecia que nós queríamos a implementação da Lei dos 25 anos; fizemos um processo e inclusive votamos na Casa, e queríamos que o PREVIMPA, o nosso Instituto de Previdência, reconhecesse esse direito que estava em polêmica no Superior Tribunal de Justiça, porque várias cidades já estavam aplicando a Lei. Queríamos que Porto Alegre a aplicasse para reforçar a luta que, inclusive, o Deputado Mendes encampou de um Projeto de Lei de uma Deputada petista. Não tivemos do PREVIMPA esta acolhida, ou seja, a de pôr em prática a Lei dos 25 anos.

Agora aparece uma Subemenda, excluindo os Especialistas em Educação, pois a Aposentadoria Especial, prevista na Constituição Federal, contempla apenas os detentores do cargo de Professor. Nós sabemos que essa Emenda se ampliou para o conjunto dos educadores que atuam nos espaços de coordenação pedagógica dentro da escola, e muitos são Especialistas em Educação.

Eu sei ao que se remete essa Subemenda. Remete-se aos que fizeram a opção, lá na hora do Plano de Carreira, pelo cargo de Especialista, que estão prejudicados pelo entendimento restritivo dessa legislação. Agora, assim colocada esta Subemenda, vai retirar todo o mundo que tem a formação de Especialista em Educação, por exemplo. Vai abrir brecha para um entendimento restritivo, que já é polêmico, e a SMED tem que se posicionar, pois ainda não se posicionou, sobre o professor de laboratório, que atende aluno, enfim, toda a organização diferenciada da nossa escola.

Então, nos surpreende que o PREVIMPA se movimente para legislar quando é para restringir. Eu lamento isso. Lamento muito, porque, mais uma vez, a categoria é acintada, é desrespeitada sem que um debate seja feito com ela. Nós não entendemos que o nosso Instituto de Previdência deva servir para isso. Nós somos defensores, inclusive, de que a sobra de taxa de administração seja colocada num fundo ou numa conta específica, porque nós temos preocupação com o futuro dos municipários. Nós não achamos que, porque agora está sobrando, devamos devolver ao caixa único e sumir. Nós não confiamos, não aceitamos e não aprovamos o jeito com que a atual Administração gasta os recursos do Governo Municipal, do seu caixa único. Não concordamos com a ampliação de mais de cem CCs, com a triplicação do número de estagiários na PROCEMPA, e nas diferentes empresas. Não concordamos com a criação de diferentes secretarias, com a Secretaria de Tecnologia, aliás um escritório de tecnologia, que tem 27 CCs. Não concordamos com a previsão orçamentária de investimentos, que é uma farsa, porque, na realidade, o Orçamento é superestimado para dar o tal do superávit, e depois, na vida real, o investimento é brutalmente reduzido. Não concordamos com a discussão de que a Cidade tem superávit para constar, e depois, para os municipários, se parcele a miserável reposição da inflação. Portanto, não há motivo para os municipários concordarem com que esse recurso da taxa de administração volte para o caixa único da Prefeitura, porque é um caixa mascarado, porque é um caixa que não respeita a pluralidade do Orçamento Participativo, porque é um caixa para programas de laranja de amostra, para programas para aparecer, e não um caixa para bancar a Saúde, para bancar a Educação, para bancar saneamento, para bancar, de fato, o que a população mais precisa para ter dignidade. Este é o nosso posicionamento.

Somos contrários à retirada de conquistas da categoria. Ora, a justificativa para tirar a eleição do Diretor Administrativo, do Diretor Previdenciário é que não é possível o Presidente do PREVIMPA coadunar-se com pessoas que ele não escolheu, em que ele não confia. Nem sequer disfarçou-se a medida na justificativa!

Então, eu acho que precisamos debater mais. O compromisso aqui, Ver. Sebastião Melo, é não fechar a discussão, para voltar esse debate para a Mesa Diretora, para ver se esta Casa está respeitando a categoria e respeitando o acordo construído com ela, porque o GT, o Grupo de Trabalho, foi tirado na Mesa Diretora, em compromisso com o Simpa, em compromisso com os municipários, e esse GT tem que ser respeitado! Tema que não foi para o GT não pode vir para o Plenário, porque isso é golpe! Isso é golpe, isso é enxerto, isso é golpear a categoria, desrespeitar a categoria, é aprovar sem ela saber perda de direitos e de controle sobre o seu instituto de previdência. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(O Ver. Sebastião Melo reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, peço a atenção de V. Exas para a seguinte questão: esta é uma Casa que diariamente faz composições de ordem de votação, de discussão, de adiamento. Isso é da lógica do processo político, e, quando se quebra isso, quebra-se uma relação que evidentemente não contribui para o andamento da Casa. Eu fui fiador de um acordo, aqui, no sentido de que não encerraríamos a discussão desta matéria hoje, correto? Se os Srs. Vereadores, os Líderes que deram acordo para isso, vierem aqui para dizer que este acordo está desfeito, bom, aí seria uma outra lógica. Eu considero que a palavra empenhada é a que tem que ser resgatada. Portanto, qual é a lógica? Vários Vereadores podem discutir a matéria, não há problema nenhum; eu só estou dizendo que pretendo aqui, evidentemente, cumprir este acordo, e faço este apelo aos Srs. Vereadores. Agora, se não houver nenhum Vereador inscrito, eu sou obrigado, se não houver pedido de verificação de quórum, a dar por encerrada a Sessão. Então, é a consideração que quero fazer a Vossas Excelências. Há um Vereador inscrito ainda.

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu reconheço que V. Exª tem plena razão. Fui voto contrário, eu achava que tinha que encerrar a discussão hoje, mas como voto contrário, minoritário, eu me curvo ao que foi acertado, ou seja, que não se encerraria a discussão no dia de hoje.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito a abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, solicitada pela Verª Sofia Cavedon. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Treze Vereadores presentes. Há quórum para continuar a discussão do Processo.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON (Questão de Ordem): Apenas, Sr. Presidente, quero fazer aqui o meu protesto, registrar a minha solidariedade a V. Exª, e quero dizer que não estou compreendendo a postura dos Líderes. Fizeram um acordo junto à presidência, V. Exª faz um apelo e relembra o acordo, e o conjunto dos Vereadores desrespeita o acordo, Presidente, e a lógica deste Plenário! Eu queria entender e queria que os Líderes se manifestassem nesse sentido, porque senão nós perdemos toda a construção possível nesta Casa. Minha solidariedade a Vossa Excelência.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Nós temos dado a maior demonstração de celeridade, reconheço o acordo, agora, eu não dou autoridade moral a ninguém para vir aqui xingar as demais Lideranças. Eu poderia tranquilamente estar fora da Casa, estou até em condições de saúde precárias, tenho atestado médico dizendo que eu não deveria estar aqui hoje. Estou aqui e não é para ser xingado, não. Estão reclamando de alguém que não está, porque de mim é que não vão reclamar, porque eu estou cumprindo tudo o que eu combinei, e aqui reconheci: fui voto vencido, mas há esse acordo e eu quero cumpri-lo!

 

O SR. BETO MOESCH (Questão de Ordem): Eu entendo que, para discutir e votar uma matéria, deve haver 19 votos; nós temos quórum só para o período de Comunicações. Nós não temos quórum para discutir uma matéria que está na Ordem do Dia, nós não estamos mais na Ordem do Dia. Sinto muito, mas isso é claro no Regimento Interno.

 

(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)

 

O SR. BETO MOESCH: Mas é uma questão regimental... muda o Regimento primeiro, então.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Beto, eu peço a sua compreensão aqui sobre o tema, art. 158 do nosso Regimento Interno: “Anunciada a Ordem do Dia, proceder-se-á a verificação de quórum, que deverá contar com a presença mínima da maioria absoluta dos Vereadores, nos termos deste Regimento [ou seja, 19 Vereadores]. Parágrafo 1º - Constada a existência de quórum para a instalação da Ordem do Dia, será admitida a discussão com a presença de um terço dos Vereadores”. Então, vejam o seguinte, nós estamos rigorosamente seguindo o Regimento, talvez aqui não tenha havido a compreensão por parte de alguns colegas Vereadores. Eu quero pedir a atenção de todos: eu entendi que, se houvesse 12 Vereadores, encerraríamos a discussão da Ordem do Dia e passaríamos para as Comunicações, e isso não é possível. Então, talvez tenha havido mal-entendimento por parte de alguns colegas.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, peço novamente, com a sua devida paciência e a dos Vereadores, uma nova verificação de quórum.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): V. Exª leu o art. 158. Na realidade, inicia-se a Sessão com maioria absoluta. Pode-se fazer a discussão mantendo 12 Vereadores em Plenário. É o que diz o parágrafo 1º.

Agora, o parágrafo 2º diz: “Constatada a falta de quórum...” Portanto, volta ao art. 1º; aí tem de ter quórum, senão é desnecessário este artigo.

O quórum que fala no caput do artigo é de 19 Vereadores; senão, não existe a necessidade desse artigo.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Dib, V. Exª, como qualquer outro Vereador, quando faz um questionamento, eu sempre levo muito a sério, mas quero discordar, de forma muito fraterna, de Vossa Excelência.

Eu tenho o entendimento de que o Regimento não pode ser contraditório. Ele está dizendo que, se não houver 19 votos na votação, ela está encerrada. Mas não é essa a questão, nós estamos falando da discussão. Aliás, quero dizer que esta sistemática já vem sendo adotada, e existe jurisprudência farta desta matéria em vários momentos. Digo mais, Ver. Luiz Braz, não sei se V. Exª é o parecerista, mas há até um Parecer da CCJ sobre esta matéria! Eu já me utilizei dele em vários momentos. Esta não é uma questão instalada neste momento, existem precedentes sobre esta matéria em vários momentos.

Portanto, respeito V. Exª e agradeço pela tentativa de ajuda, mas entendo que não procede.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Quero dizer que em todas as vezes eu registrei a minha presença, só que entendo que esse parágrafo, então, é desnecessário.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Agradeço pela contribuição.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, somo-me ao Requerimento para nova verificação de quórum, e deixo consignado o acordo feito com a Verª Maria Celeste, Líder do PT, de votarmos na quarta-feira. Quando a gente faz acordo, o acordo vincula as partes. Eu não posso aceitar, com todo o respeito, que qualquer um de nós se exima de qualquer responsabilidade.

Volto a dizer: nós somos pessoas responsáveis, detentores que somos de mandato público, eleitos, cada um por uma determinada parcela da população. O acordo vincula as partes. O que nós acordamos aqui é que nós faríamos a discussão, hoje, e que nós votaríamos na quarta-feira.

Então, eu espero, Sr. Presidente, que isto fique registrado nos Anais desta Casa para a história. Eu espero que a Bancada do Partido dos Trabalhadores... Há pouco propus isso à Verª Maria Celeste, e ela disse que não tinha compromisso para quarta-feira de nós votarmos. Eu espero que todos estejam vinculados.

Se palavra é palavra, e não há relativização de palavra, nós vamos votar na quarta-feira, e vamos cumprir o que foi acordado. Agora estou requerendo a V. Exª, me somando aos outros Vereadores, a verificação de quórum. Muito obrigado.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, fui informada pelo Líder do Governo de que havia A possibilidade de avançarmos naquela reivindicação inicial, quando o senhor chamou todos os Líderes para construirmos um consenso. Qual foi o consenso estabelecido? Demos acordo para a discussão no dia de hoje, não encerrarmos a discussão, e retomarmos na quarta-feira a discussão. Este é o compromisso da Bancada do PT. Nada mais além deste compromisso acordado na reunião, aqui, com a sua presença.

Na quarta-feira, pela manhã, teremos reunião de Mesa e Lideranças, poderemos avançar, mas o acordo dado pela Líder da Bancada do PT é iniciarmos hoje a discussão, e em não a encerrando, devendo retomá-la na quarta-feira.

Eu quero reiterar, e deixar isto registrado nas notas taquigráficas desta Casa, para não ser acusada mais uma vez - como o Líder do Governo tem feito reiteradamente nesta Casa, que não compreende ainda todos os processos de discussão e votação. Não quero ser acusada de rompimento de acordo. Deixo claramente registrada a posição da Bancada do PT.

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, eu quero apenas registrar que a nossa Bancada vai registrar presença; os cinco Vereadores do PTB estão aqui, vão registrar presença, e eu não aceito nenhum tipo de “puxão de orelha”, até porque existe muita gente que prega moral, dizendo que acordo é acordo, mas já romperam muitos acordos aqui nesta Casa, e não têm moral, agora, para querer vir cobrar alguma coisa do Partido Trabalhista Brasileiro.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, apenas para registrar que esta modificação que foi feita no entendimento que nós tínhamos com relação ao quórum foi forçada pela Bancada do PT, porque, querendo criar dois quóruns para poder levar as discussões mais adiante, criou realmente esses dois quoruns: um para discutir e um para votar. E aí foi introduzido, foi modificado o Regimento inclusive. Hoje, o texto do Regimento é diferente do Regimento que nós tínhamos antigamente, infelizmente. Mas acho que nós devemos rediscutir isto na Mesa, porque cabe, realmente, eu acho, um novo pensamento a respeito deste momento do Plenário.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, vejam o seguinte: retomo, Verª Maria Celeste, Ver. Valter Nagelstein e demais Vereadores. O acordo feito é de que nós não encerraríamos a discussão hoje; ponto. O que nós vamos fazer na quarta-feira? Na quarta-feira só há Comunicações de Líder, não há Comunicações, nós vamos voltar a este assunto como o único assunto da Ordem do Dia. Quanto a isto V. Exª não tenha dúvida, será o assunto da discussão. Agora, a lógica do Plenário, se o Plenário vai dar quórum, não vai dar quórum, interferir nisso não compete à Presidência, o assunto estará em discussão como o assunto único da quarta-feira. Bom, se nós vamos votar até o final da tarde ou não, o Plenário é maduro para deliberar sobre isto. Portanto, esta será a única matéria da Ordem do Dia da quarta-feira. Está entendido, Srs. Vereadores?

Portanto, eu aceito o Requerimento de solicitação de verificação de quórum.

Solicito a abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Toni Proença. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Onze Vereadores registraram a sua presença. Não há quórum para o prosseguimento dos trabalhos. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h09min.)

 

* * * * *